O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,73% em dezembro, após ter registrado alta de 0,95% em novembro, superando projeções de economistas, segundo os dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
No acumulado do ano, o IPCA ficou em 10,06%. É o maior valor para o período desde 2015, quando o acumulado do ano chegou a 10,67%. Em 2020, o índice fechou o ano em 4,52%.
Pesquisa da Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,65% em dezembro, acumulando em 12 meses alta de 9,97%.
O valor ficou muito acima da meta. A meta do governo para a inflação em 2022 era de 3,75%, com uma margem de tolerância que ia de 2,25% até um limite máximo de 5,25%.
As altas dos combustíveis, da energia elétrica e dos alimentos foram os fatores que mais contribuíram para o aumento da inflação no ano passado, segundo o IBGE.
Alguns vilões de 2021
Gasolina: acumulou alta de 47,49%
Etanol: subiu 62,23%
Café moído: subiu 50,24%
Energia elétrica: subiu 21,21%
O que mais pesou para a inflação subir em 2021
Transportes: 21,03%
Habitação: 13,05%
Alimentação e bebidas: 7,94%
Artigos de residência: 12,07%
Vestuário: 10,31%
O que vem pela frente?
Para 2022, o CMN (Conselho Monetário Nacional) definiu que a meta de inflação será de 3,5%, considerada formalmente cumprida se oscilar entre 2% e 5%.
Segundo o último boletim Focus, divulgado pelo Banco Central ontem, a expectativa de economistas do mercado financeiro é que o IPCA tenha alta de 5,03% em 2022.
Na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do ano passado, o Banco Central elevou a taxa básica de juros a 9,25%. Ele volta a se reunir nos dias 1 e 2 de fevereiro e deve decidir por um novo aumento da Selic para tentar conter a inflação.
Fonte: 6 minutos/ UOL