A Organização Internacional do Açúcar (ISO) projeta um déficit de oferta global de oferta de 330 mil toneladas, abaixo dos 2,11 milhões de toneladas estimados no trimestre anterior. Os números foram divulgados em relatório lançado na última quarta-feira, 15.
“É o aumento da produção brasileira o principal fator que impulsiona a redução do déficit global”, disse a organização, que reúne dados de mais de 80 países membros.
A temporada açucareira do Brasil foi quase perfeita em 2023, com fortes chuvas no início do ano impulsionando o desenvolvimento da cana, seguidas de tempo seco que permitiu uma colheita rápida. Outras regiões do mundo, especialmente na Ásia, tiveram um clima mais seco do que o normal, o que reduziu drasticamente a produção.
A ISO ainda revisou sua visão de produção global em 2023/24 para 179,88 milhões de toneladas, contra 174,84 milhões de toneladas anteriormente. O consumo mundial de açúcar, por sua vez, foi estimado em 180,22 milhões de toneladas, acima dos 176,96 milhões de toneladas em agosto.
A organização disse que a grande revisão do consumo se deu por conta da queda nos estoques em diversos países. O forte programa de exportações brasileiro, que ajudou o país a comandar quase 50% do mercado de exportação global em 2023/24, não conseguiu moderar a dinâmica dos preços, disse a ISO.
Enquanto isso, os preços do açúcar bruto atingiram máximas de 12 anos na semana passada.
“Além disso, continuam a existir déficits aparentes no fornecimento para os principais destinos, como a China, e mercados regionais abastecidos por meio de refinarias locais de açúcar bruto”, acrescentou.
Sobre o etanol, a ISO disse que a produção mundial em 2024 deverá cair para 113,7 bilhões de litros, ante 114,1 bilhões de litros em 2023. Ela estimou o consumo de etanol em 2024 em 106,7 bilhões de litros, pouco alterado em relação a 2023.
Fonte: Agência Safras
Extraído de NovaCana