O La Niña, que é o resfriamento irregular das águas do oceano Pacífico Equatorial, contribui para o regime de chuva no Nordeste. No entanto, não é apenas isso que está influenciando a quantidade de chuva que a região tem recebido. Diferentemente do ano passado, quando também havia La Niña, mas as chuvas não foram tão abundantes, neste ano o oceano Atlântico na costa do Nordeste está colaborando para incitar ainda mais os sistemas meteorológicos presentes por lá
Os maiores acumulados de chuva nas últimas 24 horas no Brasil, de mais de 100 milímetros, se concentraram sobre a metade norte de Minas Gerais, pela influência do calor, da alta umidade e principalmente da circulação dos ventos em altitude e um cavado nos níveis médios e altos da atmosfera (que é uma baixa pressão relativa e mais alongada).
Chuvas em 24h
Nas próximas 24 horas, estão previstas pancadas de chuva de intensidade forte e com raios no Amazonas, norte de Roraima, no Pará, norte e leste do Maranhão, centro-sul de Rondônia, Mato Grosso, em pontos do norte do Paraná, do sudoeste e noroeste do estado de São Paulo, no centro sul e norte de Minas Gerais.
Chove com moderada intensidade no nordeste de Goiás, no norte de Minas Gerais e no sul da Bahia, e de maneira mais leve em áreas do leste da Bahia e do Distrito Federal, além de pontos do centro e leste do estado de São Paulo.
Na maior parte do país, as precipitações, além de serem associadas ao calor e à alta umidade, têm a influência da circulação dos ventos em altitude. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, as instabilidades são reforçadas também pela Alta da Bolívia, uma área de alta pressão atmosférica a mais de 9 km de altitude que contribui para as pancadas de chuva típicas do verão.
No Paraná, São Paulo, Minas Gerais e sul da Bahia, há muito calor e umidade alta. Em Montes Claros, no norte mineiro, por exemplo, choveu 160 milímetros o que corresponde a 60,9% da climatologia de dezembro, que é de 249,5 milímetros.
Fonte: Canal Rural