O leite deve continuar fora da lista de compras dos brasileiros por mais um tempo. De acordo com a Associação Paulista de Supermercados (APAS), os preços do leite e de seus derivados devem manter o viés de alta até pelo menos o mês de outubro.
Só em 2022, o leite já acumula 41,32% de alta; já nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 36,9%. Entre os derivados, o acumulado do ano é de 14,74%, enquanto a alta em 12 meses é de 23,3%.
Os produtos lácteos que mais registram alta são o iogurte (+36,69% em 12 meses) e a margarina (+33,25% no mesmo período).
O leite em pó registrou a menor alta em 12 meses, de 9,62%. No entanto, a APAS aponta para a redução da oferta do produto no mercado nacional – e o consequente aumento do seu preço.
O volume do produto exportado de janeiro a maio deste ano chegou a 5,2 toneladas. Trata-se de 62,5% a mais do que o mesmo período em do ano passado, quando foram exportadas 3,2 toneladas.
Segundo as estimativas do departamento de economia da APAS, a partir de outubro, as chuvas voltam com maior regularidade, recuperando as pastagens, principalmente na região sul do País.
Isso deve diminuir os gastos com ração para alimentar o gado – vale destacar que em torno de 70% da ração animal é composta de soja, cujo preço teve um salto de 20% nos últimos 12 meses.
Além disso, os custos com combustível e energia vêm impactando a cadeia de produção do leite. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preço ao Produtor da indústria de laticínios avançou 30,69% nos últimos 12 meses.
Fonte: Money Times