Ao longo dos próximos dias, há previsão de mudança no tempo em grande parte do centro-sul do Brasil. Uma frente fria deve se formar e levar chuvas em boa parte das regiões produtoras. Isso deve contribuir com o desenvolvimento do trigo, milho safrinha e feijão. As chuvas desse sistema devem atingir áreas desde o Rio Grande do Sul até o sul de Minas Gerais. Atenção especial deve ser dada ao sul de Mato Grosso do Sul no dia 27, onde o potencial para chuvas intensas é bastante elevado.
No entanto, esse sistema de chuvas avança rapidamente, de forma oceânica. Juntamente com isso, teremos a chegada de uma massa de ar polar, que deve fazer o frio subir até o centro de Mato Grosso. Na região sul, há condições favoráveis para ocorrência de geadas.
Enquanto isso, o tempo seco deve prevalecer nas áreas do cerrado brasileiro e no centro-sul do MATOPIBA. Isso deve favorecer as lavouras em maturação, no entanto, a falta de umidade deve restringir o desenvolvimento das culturas na Bahia e no norte de Minas Gerais.
Sul
A região Sul do Brasil experimentará uma frente fria a partir do dia 27, levando chuvas até o norte do Paraná até o final do dia 28. Posteriormente, uma massa de ar frio tomará a região, levando a temperaturas abaixo de 4°C, especialmente no sul do Rio Grande do Sul e nas áreas altas de Santa Catarina, e potenciais geadas a partir da noite do dia 29. Apesar da possibilidade de geada, as áreas de trigo devem escapar desse fenômeno, além de se beneficiarem com os bons volumes de chuva.
Sudeste
A partir do final do dia 28, uma frente fria se aproxima, iniciando as chuvas pelo extremo sul de São Paulo. Conforme o sistema avança de maneira oceânica, a previsão é que as precipitações se mantenham concentradas na costa da região. Espera-se a formação de instabilidades no dia 30 devido à presença de áreas de baixa pressão sobre Minas Gerais. Tais condições climáticas podem impactar adversamente as operações de colheita da cana-de-açúcar e do café, além de interferir na maturação do algodão. No entanto, esta situação climática será benéfica para o desenvolvimento das lavouras de milho safrinha, trigo e feijão, que devem prosperar diante da umidade e da queda de temperatura.
Centro-Oeste
O tempo muda a partir do dia 27, com o avanço de um sistema frontal no sul de Mato Grosso do Sul, trazendo chuvas fortes e volumosas. Contudo, no norte da região, o predomínio será de tempo seco e quente. As chuvas deverão perder intensidade nos dias subsequentes, mas a massa de ar frio conseguirá avançar pela região. A partir do dia 28,as temperaturas entram em queda, com o frio avançando até o centro e noroeste do Mato Grosso. As chuvas devem beneficiar o milho safrinha, trigo e áreas de sorgo do sul do MS e sul de GO, ajudando a consolidar o desenvolvimento dessas culturas. No entanto, a maturação do algodão pode ser prejudicada pela queda de temperatura e excesso de umidade.
Nordeste
No leste do Nordeste, a semana promete ser marcada por chuvas persistentes, impulsionadas principalmente por ventos úmidos que emanam do oceano. Essa condição deve prevalecer durante todo o período, contribuindo para um cenário propício ao desenvolvimento de culturas. Por outro lado, o interior da região, abrangendo o centro e oeste da Bahia, sul do Maranhão e Piauí, deve ter um tempo seco e quente. Este é um fenômeno preocupante, principalmente para as lavouras do interior baiano que sofrem com a falta de chuvas, especialmente aquelas em estádios mais sensíveis, como: emergência, desenvolvimento vegetativo, enchimento de grãos e floração. Porém, a mesma condição seca favorece as operações de colheita no sul do Maranhão e Piauí.
Norte
Mesmo com a indicação de chuvas volumosas, os registros devem ficar abaixo da média para o período. O maior volume de chuva está previsto para o norte do Amazonas, Roraima, Amapá e norte do Pará. No entanto, uma grande parte do sul do Pará e a metade sul de Tocantins deve experimentar tempo seco. Essas condições são propícias para a maturação e a conclusão da colheita de milho de primeira safra e soja. No entanto, a falta de umidade pode restringir o potencial produtivo do milho safrinha. Em contrapartida, as condições atuais parecem ser favoráveis para as operações em campo nas lavouras de café.
Fonte: Agrolink