A demanda por açúcar foi baixa no mercado físico de SP em março devido à proximidade da nova safra (2021/22) e ao fato de alguns municípios do estado intensificarem medidas restritivas de combate à pandemia do Covid-19, segundo destaque do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP).
No que se refere à oferta, os agentes das usinas continuaram limitando o volume disponível, mas algumas vendas a preços mais baixos foram registradas em volumes maiores.
Por outro lado, na ICE Futures (NY), os preços do açúcar demerara foram pressionados pelo posicionamento nas vendas, o que pode estar relacionado ao aumento do número de casos de Covid-19 na Europa. Além disso, medidas restritivas no Brasil podem limitar a demanda por etanol no mercado brasileiro e fazer com que as usinas nacionais produzam mais açúcar do que etanol.
PREÇOS
Os preços do açúcar cristal oscilaram fortemente no mercado físico do Estado de São Paulo (SP) em março. Os agentes de algumas usinas de açúcar estavam dispostos a reduzir os preços solicitados, principalmente quando volumes maiores eram comprados, enquanto outros, com menos açúcar disponível, continuaram relutantes em reduzir as cotações.
No final do mês, as cotações subiram no mercado físico de SP, enquanto na Bolsa de Valores de Nova York (ICE Futures), as cotações do açúcar demerara caíram. Com isso, os preços internos do açúcar cristal recuperaram a vantagem sobre as exportações, o que não era observado desde a segunda semana de fevereiro, segundo o Cepea.
Porém, considerando o período de 26 de fevereiro a 31 de março, os preços caíram - o Índice CEPEA / ESALQ do açúcar cristal fechou em R$ 104,15 (US$ 18,52) por saca de 50 quilos em 31 de março, 4,7% abaixo do último dia útil de fevereiro (26).
No que diz respeito à moagem da cana-de-açúcar, com a estiagem de 2020, o Cepea estima que o início das atividades demore 5 a 13 dias em SP em relação à safra passada (2020/21), dependendo da região.
Fonte: Cepea