As economias de pelo menos 19 países dependentes das exportações de petróleo e gás podem perder trilhões de dólares em receitas até 2040 em razão das metas climáticas, de acordo com estudo publicado na quinta-feira.
Os resultados são um alerta para que nações dependentes de combustíveis fósseis diversifiquem suas economias e para que países mais ricos ajudem aqueles com finanças frágeis a conduzirem a transição para uma energia mais limpa, de acordo com relatório do Carbon Tracker.
O think tank financeiro calculou o impacto da transição dos combustíveis fósseis para fontes de energia de baixo carbono em 40 países que dependem mais das receitas de petróleo e gás.
Azerbaijão, Angola, Congo, Líbia, Nigéria e Arábia Saudita estavam entre os países nas categorias mais expostas: alguns podem perder cerca de 40% das receitas públicas totais. A Arábia Saudita e alguns outros exportadores de petróleo e gás do Golfo têm tomado medidas para reduzir a dependência das receitas de petróleo, e seriam mais protegidos pelos baixos custos de extração e grandes fundos soberanos, disse o estudo.
Irã, México e Rússia, com economias já mais diversificadas, perderiam entre 10% e 20% das receitas totais do governo até 2040. Ao todo, os 40 petroestados selecionados poderiam perder US$ 9 trilhões em receita com petróleo no período de 20 anos, segundo o estudo.
Andrew Grant, responsável por clima, energia e indústria do Carbon Tracker, disse que há riscos na suposição do relatório de que a demanda por petróleo e gás deve cair à medida que os governos agem para evitar que as temperaturas globais aumentem muito.
A maioria dos modelos de demanda indica um aumento do consumo nos próximos anos, apesar dos esforços para acelerar a substituição dos combustíveis fósseis.
O estudo baseou as conclusões em um preço médio do petróleo de 40 dólares por barril até 2040, em linha com um cenário da Agência Internacional de Energia que pressupõe que os governos farão o que for preciso para controlar a mudança climática. O valor se compara ao preço de 60 dólares compatível com o cenário típico da AIE.
A Opep prevê que a produção global anual de petróleo aumentará para 109 bilhões de barris em 2045 em relação aos 100 bilhões de barris em 2019, já que a demanda total por energia sustenta vendas de combustíveis fósseis, mesmo com a maior participação de mercado das energias renováveis.
"Talvez estejam certos, quem sabe", disse Grant. No entanto, com mais governos comprometidos com a neutralidade de carbono até 2050 e as energias renováveis cada vez mais baratas, disse, "o rumo da viagem é claramente em direção a uma maior ambição e transição mais rápida".
Os resultados são um alerta para que nações dependentes de combustíveis fósseis diversifiquem suas economias e para que países mais ricos ajudem aqueles com finanças frágeis a conduzirem a transição para uma energia mais limpa, de acordo com relatório do Carbon Tracker.
O think tank financeiro calculou o impacto da transição dos combustíveis fósseis para fontes de energia de baixo carbono em 40 países que dependem mais das receitas de petróleo e gás.
Azerbaijão, Angola, Congo, Líbia, Nigéria e Arábia Saudita estavam entre os países nas categorias mais expostas: alguns podem perder cerca de 40% das receitas públicas totais. A Arábia Saudita e alguns outros exportadores de petróleo e gás do Golfo têm tomado medidas para reduzir a dependência das receitas de petróleo, e seriam mais protegidos pelos baixos custos de extração e grandes fundos soberanos, disse o estudo.
Irã, México e Rússia, com economias já mais diversificadas, perderiam entre 10% e 20% das receitas totais do governo até 2040. Ao todo, os 40 petroestados selecionados poderiam perder US$ 9 trilhões em receita com petróleo no período de 20 anos, segundo o estudo.
Andrew Grant, responsável por clima, energia e indústria do Carbon Tracker, disse que há riscos na suposição do relatório de que a demanda por petróleo e gás deve cair à medida que os governos agem para evitar que as temperaturas globais aumentem muito.
A maioria dos modelos de demanda indica um aumento do consumo nos próximos anos, apesar dos esforços para acelerar a substituição dos combustíveis fósseis.
O estudo baseou as conclusões em um preço médio do petróleo de 40 dólares por barril até 2040, em linha com um cenário da Agência Internacional de Energia que pressupõe que os governos farão o que for preciso para controlar a mudança climática. O valor se compara ao preço de 60 dólares compatível com o cenário típico da AIE.
A Opep prevê que a produção global anual de petróleo aumentará para 109 bilhões de barris em 2045 em relação aos 100 bilhões de barris em 2019, já que a demanda total por energia sustenta vendas de combustíveis fósseis, mesmo com a maior participação de mercado das energias renováveis.
"Talvez estejam certos, quem sabe", disse Grant. No entanto, com mais governos comprometidos com a neutralidade de carbono até 2050 e as energias renováveis cada vez mais baratas, disse, "o rumo da viagem é claramente em direção a uma maior ambição e transição mais rápida".
Fonte: Bloomberg