Moagem de cana em 2022/23 deve ficar entre 530 e 565 mi toneladas, projeta Datagro

Notícias do Mercado

Notícias do Mercado

Moagem de cana em 2022/23 deve ficar entre 530 e 565 mi toneladas, projeta Datagro

28/10/2021

Compartilhe:

Com a quebra da safra 2020/21, muitos produtores e companhias do setor sucroenergético estão preocupados com o futuro dos canaviais: eles temem as consequências da seca, dos incêndios e das geadas que ocorreram neste ano para as próximas temporadas.

 

Na última terça-feira, 26, durante a 21ª Conferência Internacional promovida pela Datagro, o presidente da consultoria Plínio Nastari trouxe sua visão sobre a questão. A palestra incluiu dados sobre a atual safra e os efeitos da seca e das geadas vistas em 2021, além de perspectivas para os estoques de etanol, um panorama sobre a expansão do biocombustível produzido a partir do milho e expectativas para a emissão de créditos de carbono (CBios), do programa RenovaBio, nos próximos ciclos.

 

Segundo ele, o ciclo 2021/22 terá perdas de 86,9 milhões de toneladas, a maior já registrada pelo setor. O presidente da Datagro lembra que, em 2020, houve um período de seca e mais uma adversidade econômica, causada pela pandemia de coronavírus. Já este ano, enquanto acontecia uma reação do mercado, vieram os demais problemas climáticos.

 

Com isso, ele trouxe a perspectiva de uma “morte súbita” para a temporada 2021/22. Ou seja, haverá uma redução da moagem e um encerramento antecipado da safra.

 

De acordo com os dados da Datagro, a produtividade da região Centro-Sul alcançou 70,60 toneladas por hectare entre abril e setembro, uma queda de 14,7% em comparação com 2020/21. Por sua vez, a área colhida chegou a 6,68 milhões de hectares em 1º de outubro, um aumento de 9,7% ante a safra anterior.

 

Além disso, a oferta nacional de açúcar total recuperável (ATR) deve ficar em 81 milhões de toneladas nesta temporada, queda de 14,2% ante as 94,4 milhões de toneladas vistas em 2020/21. De acordo com dados da Datagro, em comparação com a safra anterior, a produção de açúcar irá recuar 6,6 milhões de toneladas – para 34,9 milhões –, enquanto a do biocombustível deve diminuir em 3,8 bilhões de litros, para 26 bilhões. Ainda assim, o mix produtivo seguirá mais voltado para o etanol, com uma elevação de 0,9 ponto percentual.

 

Fonte: NovaCana

MAIS

Notíciais Relacionadas