Mercados em alta nesta segunda-feira. Destaque novamente para o avanço das commodities. O petróleo Brent sobe 1.3% e passou a barreira psicológica dos USD 60. A bolsa de Shanghai e do Japão subiram, respectivamente, 2.1% e 1%. EuroStoxx sobe 0.41%. O futuro do S&P avança 0.27% e o do Nasdaq 100, sobe 0.35%. O DXY sobe 0.14% após ter voltado para 91 na sexta-feira. MXN, ZAR e TRY depreciam entre 0.3% e 0.6%. O VIX sobe 1 ponto para 21.8 pontos. A Treasury de 5 anos sobe 1 bp, a de 10 anos sobe 2 bps para 1.18%.
Nos EUA, Yellen defendeu na TV no final de semana um grande pacote de estímulo fiscal para retomar o pleno emprego em 2022. Disse que sem ele, o emprego pode demorar até 2025 para se recuperar. A secretária do Tesouro afirmou que o risco inflacionário é pequeno se comparado com as cicatrizes que podem ficar se o pacote não for aprovado e que, se a inflação virar um problema, ‘temos as ferramentas para lidar com esse risco’.
E o plano democrata de USD 1.9 tri segue sendo detalhado e pode incluir abatimento de imposto de até USD 3600 por cada criança até 6 anos e de USD 3000 por cada jovem até 17 anos. Inicialmente a dedução valeria por 1 ano, mas alguns democratas disseram que querem que o benefício se torne permanente.
Na Itália, Mario Draghi (ex-ECB) recebeu sinais de que deve conseguir o apoio do Movimento 5 Estrelas e do Lega, principais partidos no parlamento e que lhe dariam maioria nas duas casas, e segue em conversas nessa semana para se tornar o primeiro ministro do país.
No Brasil, o Ministério da Economia estuda criar um auxílio de 200 reais por 3 meses para trabalhadores informais que estão fora do Bolsa Família. O novo programa, batizado de BIP (Bônus de Inclusão Produtiva), traria curso obrigatório de capacitação, organizado pelo Sistema S, e custaria R$18 bilhões (R$ 6bi/mês). Como contrapartida, o governo quer aprovar a PEC do pacto federativo com cláusula de calamidade pública, como foi noticiado na última semana. Já o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, defende a ampliação do Bolsa Família a 5 milhões de pessoas que estão na fila do programa.
Jornais repercutiram a nota oficial da Petrobras de sexta-feira sobre a alteração na política de preços da companhia, que passou de trimestral para anual desde meados de 2020. Na nota, a empresa diz que a medida afetaria somente assuntos de gestão, mas não interferiria na política de reajuste de preços dos combustíveis. No domingo, a companhia soltou outra nota dizendo que a mudança explicitada na nota anterior ‘não deve ser confundida, de forma alguma, com modificação de política comercial, de fixação de periodicidade para reajustes ou de metas de desempenho’.
Agenda BCB: Campos Neto participa de cerimônia de lançamento da plataforma Participa + Brasil às 16:00. Bruno Serra se reúne com investidores às 15:00.
Agenda: Em dia fraco de dados. Na Zona do Euro, a confiança do investidor (Sentix) passou de 1.3 em janeiro para -0.2 em fevereiro (est 2). Na Alemanha, a produção industrial ficou estável em dezembro após 8 meses de alta (Est. +0.3%), mas o dado de novembro foi revisado para cima (de +0.9% para +1.5%). No acumulado do ano, a indústria caiu 8.5%.
No Brasil, o BCB divulga o PDF do Focus às 8:25 e a base de dados às 9:00.
Bons negócios!
Fonte: XP Macro Strategy