A B3 promove, nesta segunda-feira, 8, uma ação pela equidade de gênero. Pelo quinto ano consecutivo, a Bolsa participa do “Ring the Bell for Gender Equality'' (ou toque da campainha pela diversidade de gênero, em português), ato simbólico que acontece minutos antes da abertura dos pregões e tem como objetivo conscientizar empresas sobre o empoderamento econômico das mulheres e as oportunidades no setor privado ao incentivar a equidade de gênero.
A ação é feita em parceria com instituições como a ONU Mulheres, Pacto Global, Federação Mundial de Bolsa de Valores (WFE) e o International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo do Banco Mundial, além de mobilizar cerca de 80 bolsas de valores em todo o mundo.
Para ajudar as companhias a tirarem a diversidade e inclusão do papel, a B3 também anunciou que irá promover dois workshops, bem como oferecer livros digitais sobre o assunto para as empresas listadas. Devido à pandemia do coronavírus, os encontros acontecerão de forma online. Os workshops vão ensinar às empresas como criar uma estratégia de diversidade e inclusão a partir da maturidade da companhia no tema. Essa será a primeira vez em que a B3 reunirá todas as listadas, ao invés de oferecer mentorias individuais.
Há um esforço crescente de empresas em ampliar suas práticas ESG, e cabe à Bolsa promover e também incentivar as boas práticas de mercado, segundo Ana Buchaim, diretora de Pessoas, Marketing, Comunicação e Sustentabilidade da B3. “É natural que falemos de governança, mas temos de falar também das letras S e E”, diz."Queremos ir além da conscientização. Temos de ajudar as empresas na prática".
Segundo Buchaim, não haverá cobrança, exclusão ou penalidades a empresas que não cumprirem requisitos básicos de diversidade. “A jornada aqui é positiva. Nosso papel será dar as ferramentas para que elas possam avançar, diz”. Parte dessa responsabilidade é fomentar a transparência e ressaltar a importância do compartilhamento público de informações sobre os avanços nas metas de equidade e sustentabilidade corporativas.
A ideia, segundo a executiva, é reunir as empresas envolvidas no próximo ano para medir evolução na jornada de diversidade e inclusão iniciada em 2021e conferir se a ação da B3 foi capaz de impactar positivamente o sistema brasileiro. “Isso não será auto regulação", diz Buchaim.
Da porta para dentro
O principal esforço da B3 para incentivar a diversidade e inclusão está na gama de índices de ações que priorizam requisitos ESG (sigla para governança, social e ambiental). Ao todo, a Bolsa mantém sete deles. O mais relevante, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), elenca as empresas mais líquidas da Bolsa com as melhores performances sustentáveis e avalia desde investimentos em energia renovável a medidas para ampliar a diversidade no quadro de funcionários.
Do ponto de vista de governança, a B3 mantém o Novo Mercado, grupo seleto de empresas com os melhores padrões de governança do país.
Fonte: Exame