Petróleo avança com Opep revisando projeção de demanda; gás natural dispara na Europa

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Petróleo avança com Opep revisando projeção de demanda; gás natural dispara na Europa

12/11/2021

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O petróleo encerrou a sessão desta quinta-feira (11) em alta, em dia em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) divulgou relatório, reduzindo sua projeção de demanda pela commodity neste ano.



Os preços dos contratos para janeiro do Brent, a referência global, terminaram o dia com avanço de 0,28%, a US$ 82,87 por barril, na ICE, em Londres, enquanto os preços dos contratos para outubro do WTI, a referência americana, subiram 0,31%, a US$ 81,59 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).



Nesta quinta, a Opep divulgou seu relatório mensal, revisando sua projeção de demanda para este ano. Segundo a organização, os preços elevados de energia devem prejudicar a demanda pelo petróleo em algumas economias de crescimento mais acelerado no mundo neste ano. A demanda pela commodity deve crescer 5,7 milhões de barris por dia em 2021, 160 mil barris diários a menos do que o estimado anteriormente.



Hoje o preço da commodity oscilou bastante, mas terminou em alta. A discussão de um lançamento da Reserva Estratégica de Petróleo (SPR, na sigla em inglês) dos EUA ainda pesa sobre os preços do petróleo, "embora não esteja imediatamente claro que efeito tal lançamento pode ter além de manter o controle sobre os preços", disse Michael Hewson, analista-chefe do CMC Markets.



Os preços do gás natural, por sua vez, voltaram a disparar hoje na Europa, impulsionados pelo governo de Belarus, que ameaçou fechar um importante gasoduto que liga a Rússia à União Europeia (UE). A Rússia é um importante fornecedor de gás para a União Europeia e se tornou essencial este ano para os países europeus, à medida que o bloco enfrente escassez do combustível. E os gasodutos que ligam a Rússia até a Europa Ocidental atravessam vários países do norte da Europa, como Belarus, Polônia e Eslováquia, desembocando na Alemanha.



A crise acontece no momento em que a Europa respirava mais aliviada com o início do envio de um volume extra de gás pela Rússia. Na segunda-feira (8), a Gazprom, estatal russa de energia, havia informado que estava iniciando o envio de gás para cinco armazéns de estocagem para abastecer a Europa. A notícia reduziu o temores de escassez durante o inverno do Hemisfério Norte, quando a demanda por gás cresce para aquecer as residências.



Com a ameaça de Belarus, os preços dispararam e fecharam em forte alta. O contrato futuro para dezembro do gás TTF -- referência para os preços na Europa -- negociado na Holanda saltou 7,24 % a 75,20 euros por megawatt-hora. Em Londres, na Ice Futures, o contrato de dezembro fechou com alta de 7,4% a 1,93 libra por 100 mil unidades térmicas britânicas.


Fonte: Valor Econômico

Texto extraído do boletim SCA

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