Os contratos futuros do petróleo fecharam a sessão desta quarta-feira (22) com ganhos acentuados, impulsionados pelo declínio semanal da oferta da commodity nos Estados Unidos e após a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de manter a taxa de juros americana inalterada, conforme esperado. Com isso, os investidores relegaram o aumento nos estoques de gasolina nos EUA, bem como a indicação do Fed de que a redução das compras de ativos "pode ser justificável em breve".
O contrato futuro para novembro do petróleo tipo WTI, a referência americana, encerrou em alta de 2,47%, cotado a US$ 72,23 por barril, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex). Na ICE, em Londres, os preços dos contratos para novembro do Brent, a referência global, terminaram o dia em alta de 2,46%, a US$ 76,19 o barril.
Segundo dados do Departamento de Energia dos EUA (DoE), os estoques de petróleo caíram 3,5 milhões de barris na semana encerrada na última sexta (17), mais do que o esperado, de queda de 2,4 milhões, segundo o Wall Street Journal. Já os estoques de gasolina totalizaram 221,6 milhões de barris na semana passada. Os estoques em Cushing, Oklahoma, caíram 1,5 milhão de barris.
Para o analista de mercado da DTN, Troy Vincent, a queda nos estoques de petróleo em Cushing, centro de armazenamento do petróleo negociado na Nymex, sinaliza o que pode acontecer nas próximas semanas com os estoques totais nos EUA, que "ainda refletem os impactos temporários dos furacões".
Além disso, economistas destacam que o Fed emitiu fortes sinais em relação ao processo de normalização da taxa de juros americana, com metade dos 18 membros esperando um aumento até o fim de 2022, conforme o gráfico de pontos ("dot plot"), antes do que era previsto no encontro de junho, quando sete integrantes previram isso e a maioria apontava aumentos apenas em 2023.
Fonte: Valor Econômico