Os contratos futuros do açúcar recuavam nesta tarde de quarta-feira (03) nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado externo segue as oscilações do petróleo no internacional, além de ajustes ante a valorização da véspera.
Por volta das 12h17 (horário de Brasília), o açúcar bruto tinha queda de 0,72%, negociado a US$ 19,39 c/lb na Bolsa de Nova York. Enquanto que em Londres, o tipo branco registrava desvalorização de 0,26%, a US$ 507,90 a tonelada.
O mercado do adoçante sente a pressão do petróleo nesta tarde, que perde cerca de 3% no cenário internacional acompanhando alta nos estoques norte-americanos e pressões dos produtores para aumentar a oferta do óleo.
"Os preços do petróleo estão caindo depois que o API relatou a sexta semana consecutiva de aumento de estoque de petróleo e conforme a administração Biden esgota todos os pedidos possíveis aos membros da OPEP+ antes de explorar sua Reserva Estratégica de Petróleo", disse Edward Moya, analista sênior da OANDA.
Um óleo mais baixo impacta nos preços da gasolina, reduzindo a competitividade sobre o etanol. Com isso, as usinas tendem a maximizar a produção de açúcar.
Além disso, há pressão com realização de lucros ante a sessão anterior, apesar de seguirem os temores nos fundamentos.
Nos fundamentos, por outro lado, ainda segue atenção dos investidores para os recentes dados de produção de açúcar do Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de outubro, bem abaixo do mesmo período do ano anterior, mas expectativas melhores para 2022/23.
"As chuvas no CS Brasil vieram no início de outubro e têm persistido. Mas, claro, a ameaça de um clima mais seco no final da estação chuvosa ainda persiste", destacou em seu relatório semanal a corretora Marex Spectron.
Fonte: Notícias Agrícolas