O aumento de casos de Covid-19 no mundo inteiro, principalmente com a pressão da variante Delta, derrubou os preços globais do petróleo que puxou para baixo as cotações das principais commodities agrícolas. O açúcar iniciou a semana em queda vertiginosa nas bolsas de Nova York e Londres.
Na ICE de NY, o açúcar bruto, no vencimento outubro/21, foi negociado ontem a 17,07 centavos de dólar por libra-peso, recuo de 64 pontos no comparativo com os preços de sexta-feira, ou 3,6%. Já a tela março/22 foi negociada a 17,52 cts/lb, desvalorização de 58 pontos. As demais telas fecharam no vermelho entre 23 e 53 pontos.
Segundo operadores ouvidos pela Reuters, a queda nos preços do petróleo reduz o incentivo para as usinas brasileiras produzirem etanol com os preços de gasolina na bomba também tendendo a cair, levando-as a aumentar a produção de açúcar.
"Operadores também afirmaram que preocupações com uma onda de frio no Brasil, que ajudou a impulsionar os futuros do açúcar na sexta-feira, enfraqueceram já que as geadas só foram registradas no extremo sul do país", destacou a agência.
Açúcar branco
Em Londres o açúcar branco iniciou a semana em queda em todos os lotes, a única exceção foi o vencimento março/23 que fechou estável. Na tela agosto/21 a commodity foi contratada a US$ 443,80 a tonelada, recuo de 19,40 dólares no comparativo com a sexta. Já a tela outubro/21 desvalorizou 17,40 dólares, negociada a US$ 453,30 a tonelada. Os demais lotes recuaram entre 10,50 e 15,70 dólares.
Açúcar cristal
No mercado interno o açúcar cristal iniciou a semana em alta pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos do tipo cristal foi negociada em R$ 116,89, contra R$ 115,51 da última sexta-feira, valorização de 1,19% no comparativo.
Etanol hidratado
Já o etanol hidratado fechou pelo segundo dia no vermelho pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado a R$ 3.019,50 o m³, contra R$ 3.034,00 o m³ da véspera, recuo de 0,48% no comparativo entre os dias.
Fonte: Agência UDOP de Notícias