Os preços do petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira (25), com temores de uma possível redução da demanda chinesa em meio ao aumento de casos de covid-19 no país e de novas medidas restritivas em diversas cidades da China. Os investidores também acompanharam ao longo da sessão a negociação entre países da União Europeia (UE) para estabelecer um teto de preços ao petróleo russo.
No fim da sessão de hoje, os preços dos contratos do Brent, a referência global, para janeiro registraram queda de 2,00%, a US$ 83,63 o barril, na ICE, em Londres.
No acumulado da semana, o Brent encerrou com retração de 4,28%. Já os preços dos contratos para o mesmo mês do WTI, a referência americana, recuaram 1,95%, a US$ 76,55 o barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Na semana, o WTI recuou 4,32%.
A China continua sendo prejudicada com o aumento de casos de covid-19 no país, resultando em uma série de novas medidas restritivas para conter a propagação do vírus. De acordo com Garry White, analista do Charles Stanley, os investidores se frustraram com as reduzidas possibilidades de um relaxamento da política de "Covid Zero" da China.
"As esperanças de que essa política seja facilitada foram frustradas à medida que os casos de covid-19 se aproximam de um recorde. Isso aumenta o risco de mais inflação, pois resulta em escassez de produtos acabados e componentes", acrescentou White.
Os preços do petróleo chegaram a subir durante a manhã, com as negociações de um teto de preços para o petróleo russo. A ideia dos Estados Unidos e da UE é de passar a aplicar o teto de preços a partir do dia 5 de dezembro. Contudo, a aliança não conseguiu chegar a um acordo sobre um limite. Os membros da UE, incluindo a Polônia, estão pressionando por um nível baixo, colocando-os contra a Grécia e outras nações marítimas que querem limitar os preços russos em cerca de US$ 70 o barril.
Fonte: Valor Econômico