Os preços do petróleo subiam quase 2% nesta quinta-feira (06) no exterior em meio repercussão de manifestações por preço de combustíveis no membro da Opep e produtor de petróleo, o Cazaquistão, além de impactos no fornecimento do óleo da Líbia.
Às 08h33 (horário de Brasília), o petróleo WTI subia 1,90%, ou US$ 1,48 o barril, a US$ 79,3 o barril. Enquanto que o Brent era cotado a US$ 82,20 o barril com valorização de 1,73%.
Os principais contratos do óleo atingiram os níveis mais altos desde o final de novembro pela manhã.
De acordo com agências de notícias, os protestos no Cazaquistão, que derrubaram o governo do país, começaram por causa do aumento dos preços dos combustíveis, principalmente o gás liquefeito de petróleo (GLP), e se espalharam pelo país nos últimos dias.
Segundo a Reuters, a Rússia enviou paraquedistas ao país nesta quinta-feira para ajudar a conter os protestos em todo o país. A polícia no país não conseguia controlar os manifestantes.
"A situação política no Cazaquistão está se tornando cada vez mais tensa", disse à Reuters o Commerzbank sobre as manifestações. O país produz atualmente 1,6 milhão de barris por dia, mas não havia indícios de impactos na produção do óleo até o momento.
Já na Líbia, a produção diária caiu mais de 500 mil barris nos últimos dias por conta da manutenção de oleodutos e fechamentos de campos de petróleo no país, segundo a agência de notícias Reuters.
O mercado ainda monitora no cenário internacional a queda nos estoques de petróleo bruto dos EUA na semana passada, além da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).
Além disso, a Opep+, grupo que inclui membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, Rússia e outros produtores, concordou na terça-feira em adicionar mais 400 mil bpd de fornecimento em fevereiro.
Fonte: Notícias Agrícolas