Petróleo sobe firme após Arábia Saudita sinalizar possível corte de oferta

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Petróleo sobe firme após Arábia Saudita sinalizar possível corte de oferta

23/08/2022

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Os preços do petróleo avançavam nesta terça-feira diante da incerteza com a oferta mundial, após a Arábia Saudita aventar a possibilidade de que grandes produtores poderiam cortar a oferta, a fim de sustentar o mercado.

 

Às 11h (horário de Brasília), o petróleo norte-americano subia 2,87%, a US$ 92,94 por barril, enquanto o Brent se valorizava 2,44%, a US$ 98,82 por barril, no mercado futuro.

 

Já o contrato futuro de gasolina RBOB nos EUA subia 0,86% a US$ 2,9166 por galão.

 

Em entrevistas à Energy Intelligence e à Bloomberg, o príncipe saudita Abdulaziz bin Salman declarou que os preços futuros, que já recuaram mais de 25% desde as máximas do início do verão no Hemisfério Norte, não estão refletindo a restrição do mercado físico e que talvez seja necessário que a aliança de países produtores Opep+ corte a oferta para acabar com essa “desconexão”.

 

O ministro do petróleo da Arábia Saudita representa o maior país produtor de petróleo do planeta no cartel representado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, conhecida como Opep+, razão pela qual suas visões carregam peso.

 

“Seria difícil justificar cortes de oferta no momento em que o barril de Brent é negociado acima de US$90, mas pode ser que os comentários do ministro sejam uma tentativa de estabelecer um piso para o mercado", disseram analistas do ING em nota.

 

“Apesar de restrições no mercado petrolífero no médio e longo prazo, há pouca capacidade ociosa, e nosso balanço mostra que o mercado será bem abastecido durante o resto deste ano e no início do próximo”.

 

O cartel reverteu todos os cortes de produção que realizou durante a pandemia, período de extrema volatilidade desde que a invasão da Rússia na Ucrânia interrompeu os fluxos usuais.

 

O que também vem atraindo as atenções dos operadores é o avanço nas tratativas para retomar o acordo nuclear entre o Irã e as potências ocidentais, o que pode fazer com que o petróleo do país persa retorne para o mercado global.

 

A Reuters citou um alto representante dos EUA dizendo que o Irã cedeu em algumas das suas principais demandas para estabelecer um programa nuclear em Teerã, o que aumentou as possibilidades de que o acordo seja firmado.

 

“Em razão da possibilidade de entrada de mais 1 milhão de barris por dia (mbpd) no mercado, os operadores passaram a direcionar seu foco para o desenrolar das tratativas”, acrescentou o ING.

 

Mais tarde na sessão, o Instituto Americano do Petróleo irá divulgar o primeiro de dois relatórios desta semana sobre os estoques nos EUA, depois de informar, na semana passada, que houve uma queda de 500.000 barris no armazenamento.

 

Fonte: Investing.com

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