Petróleo tem avanço; reunião do G7 em foco

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Petróleo tem avanço; reunião do G7 em foco

27/06/2022

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Os preços do petróleo avançaram na segunda-feira, com os investidores atentos para a reunião do G7 em curso em busca de sinais sobre limitações às receitas que a Rússia recebe pelas suas exportações do petróleo.

 

Por volta das 12h54, os contratos futuros do petróleo WTI, negociado em Nova York e referência de preços para os EUA, eram negociados com alta de 1,38%, a US$ 109,13 por barril, enquanto o contrato do Brent, cotado em Londres e referência mundial de preço, subia 1,29%, para US$ 110,51 por barril.

 

Já futuros da gasolina RBOB dos EUA apresentavam recuo de 0,45%, a US$ 3,7647 por galão.

 

Os líderes do G7 continuam discutindo formas de enfrentar a escalada dos preços de energia, e dentre as medidas mencionadas está um eventual limite dos preços das exportações russas de petróleo e derivados, o que poderia perturbar ainda mais o já restrito mercado global.

 

"No entanto, eles devem levar algum tempo até chegar a algum acordo. Seria necessário que a UE renegociasse a sua última rodada de sanções, e alguns países membros podem se mostrar relutantes com isso, tendo em conta o tempo que se levou inicialmente para que os países da UE finalizassem seu embargo ao petróleo na Rússia", afirmaram os analistas do ING, em relatório.

 

Também se espera que o grupo considere a possibilidade de ressuscitar o acordo nuclear com o Irã após a reunião do chefe da política externa da União Europeia com altos funcionários em Teerã na tentativa de destravar as negociações paralisadas, abrindo a possibilidade de permitir o retorno do petróleo iraniano ao mercado exportador. 

 

"Tendo em conta o vai e vem das conversas no último ano, esperamos que elas sejam alongadas e, por isso, partimos do pressuposto estamos a supor que o fornecimento de petróleo iraniano só começará a aumentar no início de 2023", o ING acrescentou.

 

Embora o acréscimo do petróleo iraniano possa ajudar a aliviar as limitações globais do mercado, esse volume poderia ser neutralizado pelas dificuldades que a Líbia está atravessando com a sua produção, enquanto luta com protestos que estão forçando o fechamento de diversos campos de petróleo e portos.

 

A petroleira estatal do país disse na segunda-feira que pode suspender as exportações do Golfo de Sirte, onde se localizam vários dos principais portos do país-membro da OPEP, nos próximos três dias, em meio a uma crise política cada vez mais grave.

 

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, incluindo a Rússia, grupo conhecido como OPEP+, tem reunião marcada ao final desta semana, mas um incremento da produção por parte da entidade parece improvável com a expectativa de que se mantenham firmes no plano anunciado no mês passado.

 

O mercado de petróleo registrou a sua segunda semana consecutiva de perdas na semana passada, em função das preocupações de que o aperto monetário agressivo conduzido por diversos bancos centrais, especialmente o Federal Reserve, a fim de controlar a inflação acabem por limitando severamente a atividade econômica global.

 

Fonte: Investing.com

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