Petróleo vai às máximas em 7 anos depois de a Rússia reconhecer independência de regiões autônomas da Ucrânia

Notícias do Mercado

Notícias do Mercado

Petróleo vai às máximas em 7 anos depois de a Rússia reconhecer independência de regiões autônomas da Ucrânia

22/02/2022

Compartilhe:

Os contratos futuros de petróleo operam em forte alta na manhã de hoje em meio a temores de que a crise na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia coloque em risco a oferta da commodity.

 

O preço do barril do Brent, referência internacional, atingiu a máxima em sete anos durante a madrugada, negociado a US$ 97,76.

 

Rússia reconhece independência de áreas separatistas ucranianas

Ontem, a Rússia reconheceu a independência das regiões separatistas de Luhansk e Donetsk e autorizou o envio de tropas na condição de forças da manutenção de paz.

 

Enquanto o petróleo opera em alta de mais de 3% hoje, os principais índices de ações da Ásia fecharam em queda e as bolsas de valores europeias abriram no vermelho. Já os índices futuros de Nova York sinalizam abertura em forte queda em Wall Street.

 

Ameaças de sanções

Os Estados Unidos e seus aliados ocidentais ameaçam a Rússia com duras sanções.

 

A Rússia é o segundo maior exportador de petróleo, atrás apenas da Arábia Saudita. O país também é o maior produtor mundial de gás natural.

 

Moscou disse que suas tropas vão se envolver em operações de manutenção da paz em Donetsk e Luhansk, duas repúblicas autônomas ucranianas étnica e culturalmente identificadas com a Rússia.

 

O governo dos EUA qualificou como “absurda” a menção a “forças de manutenção de paz” e acusou a Rússia de estar em busca de um pretexto para a guerra.

 

'Implicações substanciais'

A crise no Leste Europeu acarreta o risco de "implicações substanciais" nos preços do petróleo, disse Sue Trinh, da Manulife Investment Management.

 

Sanções que forcem a Rússia a fornecer menos petróleo ou gás natural terão "impacto significativo na economia global", advertiu.

 

Maike Currie, diretora de investimentos da Fidelity International, disse que o petróleo pode ultrapassar US$ 100 por barril devido a uma combinação da crise na Ucrânia, um inverno frio nos EUA e uma falta de investimento em suprimentos de petróleo e gás em todo o mundo.

 

"A Rússia é responsável por um em cada 10 barris de petróleo consumidos globalmente, por isso é um player importante quando se trata do preço do petróleo e, é claro, vai realmente prejudicar os consumidores nas bombas de combustível", disse ela.

 

*Com informações da BBC.

 

Fonte: Seu Dinheiro/ Money Times

MAIS

Notíciais Relacionadas