PIB do Reino Unido cresce 0,1% no 1° trimestre de 2022, dentro do esperado

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PIB do Reino Unido cresce 0,1% no 1° trimestre de 2022, dentro do esperado

12/05/2023

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O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 0,1% no primeiro trimestre de 2023, mantendo o mesmo ritmo observado no quarto trimestre de 2022 (0,1%), segundo a primeira estimativa oficial divulgada nesta sexta-feira (12) pelo ONS, o escritório nacional de estatísticas do país. Em relação ao primeiro trimestre de 2022, o crescimento da economia britânica foi estimado em 0,2%.

 

Os dados vieram dentro da expectativa captada pelo consenso Refinitiv, que era de alta de 0,1% ante o último trimestre do ano passado e de 0,2% em relação aos primeiros três meses de 2022.

 

O ONS também trouxe informações preocupantes sobre o desempenho mensal da economia britânica. O PIB de março teria caído 0,3%, após um aumento de 0,5% em janeiro (número revisado para cima) e de estabilidade (0,0%) em fevereiro.

 

O escritório de estatísticas também fez um comparativo que colocou o desempenho da economia do Reino Unido na lanterna entre os países do G7 em termos de recuperação pós-pandemia.

 

Quando comparados os dados do PIB do primeiro trimestre em relação ao último período antes da crise sanitária (o 4° trimestre de 2019), o PIB local ainda está -0,5% mais baixo. Os Estados Unidos (+5,3%) lideram esse ranking, seguidos de Itália (+2,4%), França (+1,3%) e Alemanha (-0,1%). Canadá e Japão ainda não divulgaram suas estatísticas no 1° trimestre.

 

Serviços

O setor de serviços mostrou crescimento de 0,1% no 1º trimestre, também na mesma velocidade do 4º trimestre de 2022. Houve um desempenho misto para os subsetores de serviços no primeiro trimestre, com crescimento em 7 dos 14 subsetores, compensados ??por quedas nos outros 7. No geral, os serviços voltados ao consumidor prejudicaram o dado final, caindo 0,4%, enquanto todos os outros serviços aumentaram 0,2%.

 

A maior contribuição positiva para o crescimento veio do subsetor de informação e comunicação, que cresceu 1,2%, com aumentos em programação de computadores, consultoria e atividades relacionadas e telecomunicações. A segunda maior contribuição positiva para o crescimento veio das atividades administrativas e de serviços de apoio, que cresceram 1,3%.

 

No entanto, houve quedas em educação (0,7%), saúde (0,5%), administração pública e defesa (0,7%) e transporte e armazenamento (1,0%).

 

Produção

A produção também aumentou 0,1% no primeiro trimestre de 2023, após não ter apresentado nenhum crescimento no trimestre anterior e ter registrado cinco quedas consecutivas antes disso.

 

O aumento na produção no último trimestre foi impulsionado principalmente pela alta de 0,5% na manufatura. Houve aumentos em 8 dos 13 subsetores, com a maior contribuição positiva vinda da fabricação de metais básicos e produtos de metal e de produtos de informática, eletrônicos e ópticos. Essas quedas foram parcialmente compensadas por reduções na fabricação de produtos farmacêuticos básicos e preparações farmacêuticas.

 

Construção

A produção da construção foi destaque e aumentou 0,7% no primeiro trimestre de 2023, o sexto trimestre consecutivo de crescimento positivo. O crescimento no primeiro trimestre de 2023 foi impulsionado pelo reparo e manutenção, que cresceu 4,9%, com todos os três subsetores crescendo no trimestre. Este crescimento foi parcialmente compensado pela queda de 1,9% nas novas obras.

 

Consumo privado

No consumo privado, não houve crescimento da despesa real das famílias no 1º trimestre de 2023, após um crescimento de 0,2% no trimestre anterior, uma vez que os rendimentos reais das famílias continuam pressionados pela inflação elevada.

 

Houve aumentos nos gastos com recreação e cultura, comunicações, habitação e vestuário no último trimestre. Estas foram compensadas por quedas nos transportes, álcool e tabaco.

 

Em termos de preços correntes, as despesas das famílias aumentaram 1,2% no trimestre, uma vez que as recentes pressões inflacionistas aumentaram seu valor nominal.

 

Consumo do governo

As despesas reais de consumo do governo caíram 2,5% no primeiro trimestre de 2023. Essa queda reflete recuos nos gastos nominais com administração pública e defesa no trimestre. Também houve quedas nos volumes de educação e saúde, com volumes mais fracos em decorrência da onda de greves ocorrida no período.

 

Investimentos

Houve um aumento de 1,3% na formação bruta de capital fixo (FBCF) no primeiro trimestre de 2023. Isso refletiu aumentos nos investimentos empresariais e governamentais no trimestre, parcialmente compensados ??por uma queda no investimento em residências.

 

O investimento empresarial aumentou 0,7% no 1º trimestre de 2023, mas permanece 1,4% abaixo dos níveis anteriores à pandemia.

 

 

Fonte: InfoMoney

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