Depois de encerrar o primeiro trimestre no vermelho, a caderneta de poupança voltou a captar em abril, registrando entrada líquida da ordem de R$ 3,8 bilhões, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Banco Central (BC).
Fruto de depósitos de R$ 267,1 bilhões e retiradas de R$ 263,2 bilhões, o resultado representa o primeiro mês de captação líquida positiva do ano. Em março, a caderneta registrou resgate líquido de R$ 3,5 bilhões, no pior desempenho para o mês desde 2017.
O movimento de maior entrada de recursos aconteceu em um mês de retomada do pagamento do auxílio emergencial, após três meses de suspensão pelo governo federal. Desta vez, contudo, os valores variam de R$ 150 a R$ 375 por mês. No ano passado, as parcelas foram de R$ 300 a R$ 1.200.
O benefício tem como alvo famílias socialmente vulneráveis e trabalhadores informais que tiveram a renda prejudicada pelas restrições impostas pela pandemia de Covid-19. O calendário de pagamentos vai até 10 de setembro.
No acumulado de 2021, os resgates na poupança ainda superam os aportes em R$ 23,7 bilhões. O saldo total aplicado soma agora R$ 1,018 trilhão.
Embora ainda bastante popular entre os brasileiros, a caderneta oferece um dos retornos menos atrativos no mercado financeiro, mesmo com o movimento de aperto monetário em curso.
Em abril, a poupança rendeu apenas 0,16%, ante variação de 0,21% do CDI, o principal referencial das aplicações de renda fixa. A inflação medida pelo IPCA-15, prévia da inflação oficial, ficou em 0,60% no período.
No acumulado do ano, o retorno da caderneta chega a 0,51% (ante 0,69% do CDI e 2,82% do IPCA-15) e, em 12 meses, a 1,63%, enquanto o CDI tem variação de 2,14%, e a inflação, de 6,17%.
Fonte: InfoMoney