Os contratos de açúcar negociados na ICE fecharam em alta nesta segunda-feira, 29. Em Nova York, o açúcar bruto com vencimento em maio teve elevação de 0,8 centavo de dólar, ou 4,12%, para 20,20 centavos de dólar por libra-peso. Já o açúcar branco com vencimento em agosto, negociado em Londres, subiu US$ 10,10, ou 1,79%, para US$ 573,80 por tonelada.
Assim, os preços subiram acentuadamente, com o açúcar bruto registrando o maior valor em duas semanas. Os negociadores estão preocupados que a seca excessiva no Brasil reduza a produção de açúcar, o que impulsionou as cotações. A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que houve poucas chuvas na semana passada no Centro-Sul do Brasil, a principal região produtora do país.
Além disso, também houve uma onda de calor recorde na Tailândia, o que pode prejudicar as colheitas de cana-de-açúcar do país. Também nesta segunda-feira, o Departamento Meteorológico da Tailândia disse que mais de metade das 77 províncias registraram temperaturas recordes neste mês, com as novas máximas batendo recordes.
As usinas de açúcar na Tailândia estão relatando o menor rendimento de cana em, pelo menos, 13 anos. O país é o terceiro maior produtor e o segundo maior exportador de açúcar do mundo.
Para completar, um real brasileiro mais forte é otimista para os preços do açúcar. Ao longo do dia, a moeda brasileira subiu para uma alta de duas semanas em relação ao dólar, desencorajando as vendas de exportação dos produtores de açúcar do Brasil.
Por sua vez, a União da Indústria de Açúcar e Bioenergia (Unica) informou na sexta-feira, 26, que a produção de açúcar do Centro-Sul brasileiro saltou 31% na primeira quinzena de abril, para 710 mil toneladas. Além disso, o percentual de cana direcionado para a produção de açúcar aumentou para 43,64%, ante 38,01% no ano passado, sinalizando aumento na oferta.
Também no lado pessimista para os preços, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetou na quinta-feira, 25, que a produção de açúcar do Brasil em 2024/25 aumentará 1,3% no ano, para um recorde de 46,29 milhões de toneladas. Para a temporada 2023/24, no entanto, a Conab reduziu sua estimativa de produção de açúcar no Brasil em 2,6%, para 45,7 milhões de toneladas, ante uma projeção anterior de 46,9 milhões de toneladas.
Fonte: Barchart
Extraído de NovaCana