O petróleo subiu para quase US$ 84 o barril nesta terça-feira, 11, apoiado pela oferta restrita e pelas expectativas de que o aumento dos casos de coronavírus e a disseminação da variante ômicron não inviabilizarão a recuperação da demanda global.
A falta de capacidade em alguns países fez com que os acréscimos de oferta pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estejam abaixo do aumento permitido por um pacto com seus aliados.
Do lado da demanda, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse na terça-feira que espera que o impacto econômico da ômicron seja de curta duração, acrescentando que os trimestres seguintes podem ser muito positivos para a economia após o aumento impulsionado pelas variantes.
O petróleo Brent ganhou US$ 2,85, ou 3,52%, para US$ 83,72 o barril, sua máxima desde o início de novembro, depois de ter perdido 1% na sessão anterior.
O petróleo dos EUA (WTI) subiu US$ 2,99, ou 3,8%, para US$ 81,22, também a máxima desde meados de novembro. Na segunda-feira, caiu 0,8%.
“A combinação de fatos – que a demanda será mais forte do que o previsto e que a oferta da Opep pode não crescer tão rápido quanto a demanda – é o motivo pelo qual os preços estão subindo”, disse o analista sênior do Price Futures Group, Phil Flynn.
O Brent subiu 50% em 2021 e se recuperou ainda mais em 2022, com os investidores esperando uma demanda crescente, enquanto a Opep e seus aliados, conhecidos coletivamente como Opep+, diminuem lentamente os cortes recordes de produção feitos em 2020.
Arathy Somasekhar
Com reportagem de Sonali Paul e Koustav Samanta
Fonte: Reuters