Os futuros de açúcar negociados na ICE caíram nesta quinta-feira, 1º, com a produção acelerada no Brasil pressionando as cotações.
Em Nova York, o contrato do açúcar bruto com vencimento em julho teve queda de 0,18 centavo de dólar, ou 0,72%, para 24,88 centavos de dólar por libra-peso.
Já em Londres, o açúcar branco para agosto fechou com retração de US$ 6, ou 0,86%, indo a US$ 690,10 por tonelada, o menor nível em quatro semanas.
A produção no Brasil representa um elemento baixista para os preços desde que a União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (Unica) informou que a produção da safra 2023/24 até meados de maio subiu 48% no ano, para 4,06 milhões de toneladas. Além disso, o direcionamento da cana para o adoçante subiu para 45,6%, ante 38,5% no ano passado.
No mês passado, os preços do açúcar subiram para máximas de 11 anos na ICE com a perspectiva de uma oferta global mais restrita.
Além disso, os preços do açúcar têm suporte por conta das mudanças nos padrões climáticos que podem prejudicar a produção global. Em 11 de maio, o Centro de Previsão Climática dos EUA elevou a probabilidade de El Niño entre agosto e outubro para 94%, ante a previsão de 74% no mês anterior.
Se o fenômeno ocorrer, ele pode trazer fortes chuvas para o Brasil e seca para a Índia, impactando negativamente a produção de cana-de-açúcar.
Fonte: Barchart
Extraído de NovaCana