Preços nos postos: Etanol segue em alta e gasolina tem primeiro aumento em 15 semanas

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Preços nos postos: Etanol segue em alta e gasolina tem primeiro aumento em 15 semanas

18/10/2022

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Os preços do etanol seguem subindo na média nacional – após 22 semanas consecutivas em baixa, esta é a segunda de elevação. Já os preços da gasolina apresentaram crescimento após 15 semanas seguidas de retração.

 

De 9 a 15 de outubro, o biocombustível passou de R$ 3,40 por litro para R$ 3,46/L, alta de 1,8%. Já a gasolina foi de R$ 4,79/L para R$ 4,86/L, um incremento de 1,5%.

 

Os valores foram divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Os números correspondem a 101 cidades, incluindo a maioria das capitais brasileiras.

 

De acordo com a ANP, com a alta do etanol e a baixa da gasolina, a relação entre o preço do biocombustível e o de seu concorrente fóssil nos postos foi de 71,2%, acima do resultado de uma semana antes, de 71%, e superior ao limite considerado economicamente vantajosa para os consumidores, de 70%.

 

O renovável só é considerado economicamente competitivo em Mato Grosso, Goiás e Paraíba.

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Segundo especialistas ouvidos pela Agência Estado, com o mercado internacional pressionado e os preços da Petrobras abaixo da paridade de importação, não há espaço técnico para novas reduções nos postos.

 

De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem da gasolina frente aos preços praticados no exterior já é de 11% na gasolina. O aumento do índice pressiona a Petrobras às vésperas do resultado das eleições presidenciais.

 

A Refinaria de Mataripe, controlada pela Acelen, elevou o preço do diesel e da gasolina motivada pela alta do petróleo no mercado internacional depois do corte da produção anunciado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

 

Nas usinas paulistas, por sua vez, o etanol hidratado saiu de R$ 2,5975/L para R$ 2,7199/L. O aumento foi de 4,7%, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP. Da mesma forma, houve um incremento de 5,6% nas produtoras goianas e de 4,5% nas mato-grossenses.

 

Variações nas capitais

Após uma semana sem divulgar os dados estaduais dos preços dos combustíveis, a ANP voltou a apresentar alguns números em 1º de outubro; a retomada envolveu duas semanas contemplando somente as capitais brasileiras. No período mais recente, a análise foi feita com 101 cidades. Esta diferença no número compromete a comparação exata dos números.

 

Segundo a ANP, de 9 a 15 de outubro, os preços do etanol caíram em 14 estados, subiram em dez e no Distrito Federal e não foram divulgadas em dois. Já os da gasolina tiveram redução em nove estados, subiram em 15, ficaram estáveis em dois e não foram divulgados em um.

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Em São Paulo, o biocombustível teve um incremento de 2,8%, custando R$ 3,45/L em média. Já a gasolina foi vendida a R$ 4,72/L, aumento de 0,6%. Com isso, a relação entre os preços ficou em 71%, deixando de ser economicamente favorável ao renovável.

 

Já em Goiás, o etanol foi comercializado a R$ 3,21/L na média, baixa de 1,2% no período analisado; enquanto isso, a gasolina caiu 2,3%, para R$ 4,72/L. Assim, a relação entre os preços dos combustíveis ficou em 68%, favorável ao biocombustível.

 

Por sua vez, Minas Gerais registrou um acréscimo de 4,5% no preço médio do etanol, que foi comercializado a R$ 3,51/L. A gasolina passou por um incremento de 2,3%, para R$ 4,81/L, em média. Desta forma, o renovável custou o equivalente a 73% do preço do combustível fóssil, com o etanol ainda sem competitividade.

 

Em Mato Grosso, o preço médio do etanol teve um aumento de 1,3%, indo para R$ 3,01/L – o menor valor entre todas as unidades da federação. No período, a gasolina ficou estável em R$ 4,84/L. Com isso, a relação entre os preços ficou em 62,2%, com o etanol se mantendo economicamente vantajoso ao consumidor. Esta também é a menor relação entre os preços dos combustíveis dentre todos os estados.

 

Já em Mato Grosso do Sul, o etanol subiu 1,8%, ficando em R$ 3,45/L. A gasolina, por sua vez, caiu 0,4% para R$ 4,64/L. Assim, o biocombustível custou o equivalente a 74,4% do preço de seu concorrente fóssil.

 

Por fim, no Paraná, o biocombustível custou o equivalente a 76,1% do preço da gasolina, a mais alta relação dentre as capitais dos seis principais estados produtores de etanol do país. Ainda assim no período, o renovável teve uma baixa de 2,8%, sendo vendido por R$ 3,78/L na média estadual, o valor mais alto entre os maiores produtores do biocombustível. Já a gasolina ficou estável em R$ 4,97/L.

paridade 04 tabela completa 09.10a15.10Os preços do etanol e da gasolina por região, estado ou cidade desde 2018 estão disponíveis na planilha interativa (exclusiva para assinantes). Também estão disponíveis gráficos avançados e filtros interativos sobre o comportamento dos preços.

 

Ausência de dados

Os dados estaduais de preços dos combustíveis referentes à semana de 18 a 24 de setembro não foram divulgados pela ANP e, portanto, não puderam ser comparados. Isso ocorreu, conforme a agência, por conta do fim do contrato com a empresa que realizava o levantamento de preços de combustíveis, em 13 de setembro.

 

Nas semanas de 25 de setembro a 1º de outubro e de 2 a 8 de outubro, a agência divulgou números apenas das capitais brasileiras.

 

Já na análise mais recente, outras cidades elencaram a pesquisa, totalizando 101 municípios.

 

Atualmente, a empresa contratada pela ANP para a realização do levantamento é a Triad Research Consultoria e Pesquisa de Mercado. A vigência do contrato começou em 26 de setembro e o cronograma prevê um crescimento gradual da amostragem, atingindo 459 municípios até 16 de abril de 2023.

 

Fonte: NovaCana

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