Um mapeamento feito pela Polícia Ambiental de São José do Rio Preto (SP) revelou que entre maio e agosto deste ano 7,76 mil focos de incêndios foram detectados em cidades da região. O número é 45% maior que no mesmo período do ano passado.
De acordo com a corporação, os municípios que tiveram a maior incidência de queimadas foram Nova Granada, Onda Verde, Ipiguá, Rio Preto, Urupês, Ibirá, Santa Adélia, Pindorama, Guapiaçu, Catanduva, Elisiário, Itajobi, Marapoama e Palmares Paulista (SP).
Um dos fatores que explica o aumento no número de incêndios em áreas de vegetação e plantações de cana-de-açúcar é a estiagem que atinge a região há mais de 70 dias.
Somente na última semana, o Corpo de Bombeiros de Rio Preto atendeu 80 ocorrências de queimadas. O balanço não inclui as queimadas que a corporação não conseguiu atender por conta da grande demanda de chamados.
“A gente atende os incêndios em vegetação durante 24 horas de serviço. Não há mais um horário específico com mais ocorrências. Algumas tomam todo o dia para serem finalizadas”, afirmou o tenente do Corpo de Bombeiros de Rio Preto, André Luís Brito Teixeira.
Com o tempo seco, qualquer faísca pode causar uma queimada de grandes proporções. Na semana passada, os bombeiros trabalharam durante horas para controlar um incêndio na área do antigo Instituto Penal Agrícola (IPA) de Rio Preto. Cerca de 83 hectares foram queimados, sendo 20% de vegetação e 80% de pastagem.
De maio a agosto deste ano, a corporação aplicou mais de R$ 8,8 milhões em multas por causa de incêndios em áreas de vegetação nativa e plantações de cana-de-açúcar.
“Para responsáveis pelas áreas queimadas, aplicamos uma tabela chamada nexo de causalidade. Se tiver nexo da queimada com o desleixo do cultivo, aplicamos a multa por hectare queimado”, conta o tenente da Polícia Ambiental de Rio Preto, Fábio Luiz de Jesus Leme.
Além dos danos ao meio ambiente, as queimadas provocam a morte de diversos animais, o que preocupa ainda mais a Polícia Ambiental.
“A gente encontra tatu, tamanduá, macaco, onça-pintada e veado campeiro. Todo tipo de animal a gente encontra queimado”, explica o tenente da Polícia Ambiental.
Fonte: G1