O Rabobank informou nesta segunda-feira que revisou as projeções para a safra de cana-de-açúcar 2021/22 do Brasil, que segue ameaçada pela seca, com as primeiras semanas da temporada apresentando evidências de queda de 10% da produtividade no Centro-Sul do país.
Apesar disso, a instituição acredita que o volume perdido nesta safra em comparação com a anterior será compensado pelos preços altos – apoiados, além da menor produção brasileira, pelas ofertas reduzidas na Tailândia e pelo valor mais alto do petróleo, fator que dá suporte à cotação da gasolina e, consequentemente, ao concorrente etanol.
“Esses mesmos preços altos de açúcar e de etanol deveriam ajudar a manter as margens das usinas boas mesmo frente a um aumento relevante dos custos unitários oriundo de insumos mais caros, o Consecana maior, um volume menor de moagem e de produção”, disse o Rabobank.
Fertilizantes
Em relação aos insumos, o banco chamou atenção para a nova disparada nos preços dos fertilizantes nas últimas semanas, influenciada tanto por incertezas relacionadas à safra quanto pela manutenção dos preços das commodities em patamares elevados.
É exatamente a valorização de produtos agrícolas como milho, soja, café e algodão que tem, até agora, compensado o aumento dos custos com insumos no mercado à vista, disse o Rabobank, indicando que o poder de compra dos produtores em relação aos fertilizantes está igual ou melhor do que a média dos últimos cinco anos.
Diante desse cenário favorável aos agricultores e das expectativas de aumento de margens nos cultivos de grãos, o banco ainda revisou para cima sua projeção para o crescimento do consumo de fertilizantes em 2021, passando a estimar um aumento de 5% na comparação anual, para 42,7 milhões de toneladas.
Fonte: Reuters