Com a finalização oficial da safra de cana-de-açúcar 2022/23, é chegado o momento de olhar para trás e analisar os fatores e eventos que marcaram a temporada. A partir deste conhecimento, começam os planejamentos para a produção do ciclo que se inicia em abril.
Foi com essa intenção que um grupo de analistas do Pecege se reuniu para uma apresentação dirigida ao mercado sucroenergético. No encontro, eles discutiram os resultados da safra, com destaque para custos de produção, preços de produtos e de matéria-prima e projeções para a nova temporada.
Além disso, a rentabilidade vista em safras passadas e a expectativa de melhora, faz com que o futuro pareça promissor para as sucroenergéticas. A analista Beatriz Ferreira trouxe quatro casos de grupos que pretendem realizar investimentos nesta temporada, ampliando suas capacidades ou instalando novas unidades.
Já o especialista em gestão de custos de produção no agronegócio, Glauber dos Santos, informa que a projeção do instituto é de que o rendimento dos canaviais aumente cerca de 7,8% nesta nova temporada.
Por sua vez, o analista Raphael Delloiagono declara que o ciclo 2023/24 será uma sequência do anterior. Levando em conta o histórico, ele relembra que o ciclo 2021/22 foi de quebra por conta de intempéries, 2022/23 apresentou alguns passos à frente, e 2023/24 deverá ser de continuidade, em termos dos indicadores do campo.
Em relação aos preços dos produtos, o analista Peterson Arias aponta que o etanol segue uma tendência negativa, enquanto o açúcar continuará interessante ao produtor. Este cenário indica que os produtores continuarão dando preferência à fabricação do adoçante.
Em contrapartida, o clima poderá ser um novo fator preocupante. Os analistas contam que existe uma possibilidade de ocorrer El Niño, o que poderá acarretar chuvas antes do esperado na região Centro-Sul, resultando em um aceleramento da safra e da colheita.
Para completar, os especialistas do Pecege também fizeram um resumo de como foi a safra 2022/23 para os produtores, definindo as principais métricas da temporada. Eles ainda discutiram a rentabilidade, definindo o impacto da desoneração dos impostos e a quebra de expectativa por parte das usinas no decorrer dos meses.
Fonte: Nova Cana