Fechamento SBH21 (22/fev): 18,78 c/lb (+99 pts)
Viés do dia: Misto/Baixista
Neste momento SBH21: 18,75 (-3 pts)
Ontem, os futuros do demerara tiveram ganhos expressivos nas telas mais próximas, com o contrato contínuo sendo negociado dentro de um largo intervalo entre 17,64-18,89 c/lb, e encerrando o dia com alta impressionante de 5,56%. Com isso, o spread H1-K1 fechou a sessão em 134 pts (valorização diária de 44 pts) há apenas 4 dias da expiração da tela Mar/21 na sexta (26).
A expectativa de aperto no tradeflow no curto-prazo segue como principal direcionador das cotações. Além das dificuldades logísticas enfrentadas por produtores indianos e a menor produção de açúcar que vem se confirmando na Tailândia e UE, teme-se que a falta de chuvas no último semestre no Brasil tenha atrasado a colheita de soja no país, o que tem congestionado os principais terminais de exportação - que também escoam o açúcar brasileiro para o exterior.
Apesar da possibilidade de grande interesse em receber o produto brasileiro na bolsa contribuir para a maior inversão do mercado, podemos esperar movimentos de realização e correção, com o indicador RSI de 14 dias indicando uma sobrecompra ao marcar 79,5%.
Por fim, vale ressaltar que a ingerência do presidente Bolsonaro na Petrobras visando um controle dos preços da gasolina não foi suficiente para evitar uma apreciação do etanol hidratado, cujo indicador StoneX atingiu R$ 3,25/L ontem (PVU com impostos em RP/SP).
Dólar
Fechamento (22/fev): R$ 5,4591 (+ 1,33%)
Viés do dia: Altista
Suporte: 5,38
Resistência: 5,54
Dollar Index: 90,146 (+0,15%)
Na segunda-feira, os ativos brasileiros apresentaram desempenho ruim, com o dólar encerrando o dia em alta após atingir máxima de R$ 5,5332. As taxas DI de 1 ano e de 10 anos subiram 100 e 170 pts, para 3,72% e 8,28%, respectivamente, enquanto a bolsa caiu 4,87%, após ações da Petrobras despencarem mais de 20%.
Tal dinâmica foi influenciada pela troca de comando na Petrobras pelo presidente Bolsonaro, que traz dúvidas sobre a promoção de uma política econômica mais liberal e ameaça o andamento de reformas, afetando o prêmio de risco do país. O indicador CDS, que mede a confiança de investidores e o possível risco de calote da dívida, chegou a atingir 182,26, alta diária de 14,71%. A medida, portanto, dificulta a atração de capital estrangeiro no país, oferecendo suporte ao dólar.
Entretanto, vale ressaltar que o dólar não foi capaz de se sustentar acima da resistência de curto prazo de 5,50, encerrando as negociações dentro do intervalo observado nas últimas semanas, de 5,35-5,45. Vale destacar, contudo, que o BC realizou o leilão de US$ 1,8 bilhão de swap cambial para conter a alta do dólar. Os próximos movimentos da moeda americana serão fundamentais, já que uma consolidação acima de tal patamar poderia levar a uma aceleração do movimento de alta.
Hoje, o exterior segue como mais uma pressão altista para o dólar, com os treasuries de 10 anos se apreciando nos EUA para 1,376%, levando a uma maior aversão ao risco. Às 10h, teremos o discurso do presidente do FED, o que pode impactar as negociações.
Fonte: StoneX