Fechamento (31/08): 4,95 (+1,68%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 4,89
Resistência: 4,99
Dollar Index: 103.63 (+0,46%)
O dólar registrou um avanço de 4,6% sobre o Real no mês de agosto, especialmente ao considerar a diferença de taxas de juros entre o Brasil e os Estados Unidos. Neste mês de setembro, ainda permanecerão em foco as questões fiscais brasileiras, as decisões de política monetária nos EUA e as possibilidades de estímulos na China, ditando o rumo da paridade.
Em relação ao ICMS, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, emitiu uma MP que pode eliminar os benefícios fiscais para várias empresas. Um projeto de lei prevê o fim da prática de distribuição de juros sobre o capital próprio (JCP) pelas empresas, a partir de 2024. As preocupações fiscais persistem e estão tornando os investidores mais céticos, especialmente após a divulgação do orçamento para o próximo ano, que prevê um aumento de gastos de R$ 129 bilhões. A ministra Simone Tebet também alertou que o Governo precisa arrecadar R$ 168 bilhões para conseguir eliminar o déficit em 2024. Apesar disso, o presidente Lula aprovou, com vetos, o novo conjunto de medidas fiscais.
O índice de inflação PCE apresentou um aumento de 0,2% em julho, em linha com as expectativas, reforçando a percepção de que os aumentos nas taxas de juros implementados pelo Fed desde o início de 2022 estão tendo efeito na desaceleração do ritmo de aumento dos preços. Isso cria as condições para possíveis pausas no ciclo de aperto monetário na reunião agendada para 20 de setembro.
Hoje, teremos as principais economias globais como a Zona do Euro, EUA e Brasil apresentando os PMI do setor industrial referentes a agosto. Os EUA irão também disponibilizar o Payroll de agosto, juntamente com a taxa de desemprego e os ganhos salariais. Estes números podem ter um impacto diretos no desempenho do dólar em relação a outras moedas internacionais. No contexto brasileiro, teremos a divulgação do PIB do 2o trim., bem como o Balanço Comercial de agosto. No entanto, é importante notar que a volatilidade no mercado de câmbio poderá persistir devido à incerteza associada às questões fiscais e à busca por novas fontes de receita.
Fonte: StoneX