Fechamento (03/02): 5,1333 (1,78%)
Viés do dia: misto
Suporte: 5,03
Resistência: 5,22
Dollar Index: 103.302 (+0,38%)
Com expectativas de desaceleração do aperto monetário americano e um grande fluxo de capital estrangeiro no país, o dólar rompeu a barreira dos 5,00 na semana passada. Não obstante, dados econômicos nos EUA e falas recentes do presidente Luís Inácio Lula da Silva foram o suficiente para levar a paridade dólar/real a um aumento de 1% na semana.
Com o discurso mais duro do Banco Central em favor de taxas de juros mais elevadas e pressão pela responsabilidade fiscal, o presidente Lula tem feito diversas críticas, indicando que pretende discutir o fim da autonomia do Bacen ao final do mandato de Roberto Campos Neto, atual presidente do BC. Isso faz com que o mercado eleve sua percepção de risco em nossa economia, dado que a autonomia do BC cria uma barreira, por meio de aumentos nos juros, a práticas expansionistas vindas do executivo, normalmente vistas como causadoras de inflação.
Dados de Payroll da economia americana na sexta-feira muito acima do esperado causaram uma apreciação global da moeda americana, levando o Dollar Index a uma alta 1,14% neste mesmo dia. Isso elevou as perspectivas de que a inflação decorrente do alto nível de atividade econômica nos EUA pode exigir juros maiores e mais duradouros para contê-la.
No momento, destacamos que investidores aguardam a divulgação da Ata do Copom, podendo trazer informações sobre o rumo da Selic, além do discurso do presidente do FED, Jerome Powell, no The Economic Club of Washington, ambos na terça-feira. Na agenda econômica, teremos poucos dados a serem divulgados na semana.
Fonte: StoneX