Fechamento (07/02): 5,2049 (+1,06%)
Viés do dia: misto/baixista
Suporte: 5,15, 5,07
Resistência: 5,28
Dollar Index: 103,4 (-0,2%)
Na sessão de ontem a taxa de câmbio seguiu em caminho oposto ao Dollar Index, que refletiu declarações do presidente do FED, Jerome Powell. A depreciação do real acabou sendo ditada pelo cenário político interno, que vem se destacando junto a fundamentos macro.
No Brasil, o presidente Luís Inácio voltou a criticar a independência do Bacen e sua política monetária com juros elevados, mencionando que é inconsistente com um projeto de desenvolvimento econômico, o que deu suporte ao câmbio. Além disso, a Ata do Copom trouxe um tom mais ameno do que o comunicado feito logo após a decisão da taxa de juros. Apesar de reiterarem que poderá ocorrer um aumento nos juros ou a manutenção em patamar elevado por mais tempo, observou-se certa esperança de que ainda haverá uma desaceleração da inflação, mas que pode depender de fatores como a responsabilidade fiscal e a recuperação econômica da China.
No Estados Unidos, agentes esperavam pelas falas de Powell a respeito dos dados de emprego que vieram na sexta-feira muito além do esperado. O presidente do FED demonstrou em suas declarações que o rumo da políítica monetária ainda não deve mudar devido a este dado apenas, e que o comitê deve aguardar os próximos dados econômicos para verificar se as elevações nos juros estão causando menos efeito do que o esperado. Tal discurso contribui para um maior apetite ao risco no mercado global.
Para hoje, a atenção do mercado deve se dar sobre os discursos de membros do FED e do FOMC que ocorrerão ao decorrer do dia (11:15, 12:00, 15:45), além de dados de fluxo cambial às 14:30.
Fonte: StoneX