Fechamento (07/12): 5,207 (-1,2%)
Viés do dia: Altista
Suporte: 5,15 e 5,09
Resistência: 5,33
Dollar Index: 105,95 (+0,23%)
O mercado abriu em alta expressiva nesta quarta-feira, repercutindo a aprovação do texto da PEC da transação no senado. No entanto, a interpretação preponderante ao longo do dia foi de teor otimista, levando em consideração que a duração do gasto acima do teto se reduziu de 4 para 2 anos e os gastos de 175 para 145 bilhões, o que fez o dólar finalizar a sessão em queda. Também, além do fôlego trazido pela votação da PEC, o anúncio de que o Lula deve começar a revelar seus ministros na terça-feira (13) contribuiu para um otimismo devido ao menor período de incertezas.
Após o fim da sessão de ontem, a PEC foi aprovada no Senado com 64 votos a 16 (sendo necessários 49). Durante a comissão, houve duas tentativas de diminuição das despesas do texto, a primeira reduzindo sua duração pra apenas um ano e seu valor para 100 bilhões e, a segunda levando apenas o período para um ano, mas ambas foram negadas. Tais rejeições e a votação nada “apertada” em favor da PEC, que aumenta os gastos públicos, pode indicar ao mercado um Senado menos conservador, elevando sua percepção quanto aos riscos fiscais e, com isso, dando suporte ao dólar.
Na reunião do COPOM ontem foi decidida a manutenção da taxa de juros no atual patamar de 13,75%, conforme era antecipado. Todavia, vale mencionar que já foi declarado pelo Banco Central que, caso haja irresponsabilidade fiscal e, com isso, inflação acima do esperado, não haverá hesitação em praticar novos aumentos na Selic. Desta forma, a questão fiscal e inflacionária, que andam juntas aos olhos do mercado, deve ser observada com atenção.
Ademais, para a agenda de hoje teremos dois principais dados: no Brasil, será divulgada a variação mensal de vendas no varejo às 9:00, projetada para 2,3% e nos EUA, será publicado o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego às 10:30, previsto para 230 mil. Dados melhores que o esperado para o Brasil dão suporte ao real, enquanto para os EUA favorecem o dólar.
Fonte: StoneX