Fechamento (14/12): 5,29 (-0,28%)
Viés do dia: Misto
Suporte: 5,22 e 5,20
Resistência: 5,38
Dollar Index: 104,34 (+0,58%)
Apesar do dólar ter finalizado a sessão novamente próximo a estabilidade, a sessão de ontem contou com diversas turbulências. Inicialmente, o mercado reagiu com descontentamento à aprovação da mudança na Lei das Estatais pelo congresso, que alterou o prazo de carência para que políticos sejam nomeados para a presidência e diretoria de estatais, e manteve-se em alta com a decisão de juros do FED. Não obstante, Haddad trouxe certo alívio ao mercado e retornou as perdas do real ao afirmar que o momento atual não permite o uso excessivo de políticas fiscais em favor do desenvolvimento econômico e que seria mais eficiente seguir pelo caminho da política monetária.
Nos EUA o FED elevou sua taxa de juros em 0.5p.p, conforme era esperado. Apesar dos recentes dados de inflação sinalizando maior estabilidade, a Ata do FED, o posicionamento dos membros do FOMC quanto as futuras taxas de juros e o discurso de Powell reforçaram o comprometimento do Banco Central Americano em combater a inflação para atingir a meta dos 2% ao ano, mas evitando também grandes danos ao nível de emprego. Sendo assim, os dados econômicos nos EUA permanecerão sendo de grande importância para o mercado precificar a taxa de câmbio levando em consideração os movimentos do FED.
Ademais, para na sessão de hoje teremos no Brasil a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central e o Índice de Inflação IGP-10 às 8:00, em que se espera um valor de -0,6%, além da reunião mensal do CMN às 9:00. Já nos EUA, será divulgada dados de Vendas no Varejo às 10:30, projetados para -0,1% de variação mensal, e de Produção Industrial às 11:15, sendo previsto um aumento de 0,1% no mês de novembro.
Na Europa teremos a decisão de duas taxas de juros muito importantes: Para o Reino Unido será divulgada às 9:00 e para a Zona do Euro às 10:15, em que se espera um aumento de 0,5p.p para ambos os casos. Casa haja um aumento menor do que o esperado, o mercado pode aumentar o seu apetite por risco, favorecendo o real. As falas de autoridades de seus respectivos bancos centrais e as atas divulgadas serão observadas pelo mercado, que buscará por pistas quanto à magnitude do próximo aperto monetário.
Fonte: StoneX