Fechamento (17/03): 5,2790 (+0,90%)
Viés do dia: misto
Suporte: 5,19 e 5,16
Resistência: 5,37
Dollar Index: 103.547 (-0,16%)
Os acontecimentos da última semana levaram a uma diminuição do apetite por risco e, consequentemente, à depreciação do real. A falência de 3 bancos nos EUA, o Silvergate, SVB e Signature Bank, e outros dois recorrendo a ajuda financeira, o First Republic Bank e o Credit Suisse, vem indicando aos investidores que há a possibilidade de uma crise bancária generalizada em grande escala, desfavorecendo certos ativos de risco ao longo da semana, como o real que perdeu 1,2% do seu valor.
Nesta semana presenciaremos mais uma “Super-Quarta” com decisão de taxa de juros tanto pelo Banco Central do Brasil quanto do FED. No Brasil, a expectativa ainda é de que a Selic se mantenha aos 13,75. No entanto, caso tenhamos a divulgação do novo arcabouço fiscal da equipe econômica do governo que indique estar promovendo maior comprometimento com as contas públicas, ajudando a reduzir a pressão inflacionária, investidores não descartam completamente a possibilidade de um corte nos juros.
Os EUA vinham aumentando suas taxas de juros realizando trade-off entre menor atividade econômica para promover um alívio inflacionário. Agora, com a crise dos bancos, surge um empecilho em seguir com a elevação dos juros a risco de comprometer com o balanço desses agentes financeiros. Desta forma, aumentaram as chances de que o FED possa não elevar os juros em 0,25p.p, conforme esperado, apesar de as apostas ainda se manterem majoritariamente neste valor.
Hoje teremos uma agenda econômica vazia e as atenções estarão por volta do noticiário político, do novo arcabouço fiscal e dos desdobramentos da crise mencionada. No fim da semana passada o UBS comprou o Credit Suisse por US$ 3,2 bilhões de dólares e os Bancos Centrais ao redor do mundo realizaram um acordo para promover maior liquidez para os bancos, o que pode gerar alguma volatilidade na taxa de câmbio.
Fonte: StoneX