A moagem de cana-de-açúcar do centro-sul do Brasil em 2023/24 (abril/março) foi estimada nesta terça-feira em 588,2 milhões de toneladas, volume um pouco superior aos 587,6 milhões de toneladas previstos em novembro do ano passado.
Se confirmada, a moagem na principal região produtora de cana deverá crescer 5,5% ante a temporada anterior.
Segundo a Stonex, o setor mantém o sentimento otimista em relação ao desenvolvimento dos canaviais.
“Até o momento, os modelos climáticos apontam para um volume de precipitações próximo ou acima da normalidade, para as principais regiões do Centro-Oeste, sendo as previsões para o Sul e Sudeste sutilmente abaixo da média, porém sem alerta de baixa pluviosidade para o primeiro trimestre de 2023”.
O elevado volume de chuvas levou a consultoria a adicionar um ganho de TCH (Tonelada de Cana por Hectare) em relação à sua projeção de novembro do ano passado, o que favorece ganhos de produtividade das áreas em desenvolvimento.
A StoneX estima “mix” de cana para açúcar em 46% do total da moagem em 2023/24, um pouco acima dos 45,8% da safra 2022/23.
A temporada ainda deverá ser mais voltada para a produção de etanol, uma vez que, com a possibilidade de retomada da cobrança de impostos a partir de março deste ano, o etanol tende a recuperar parte da sua competitividade frente a combustíveis fósseis e dar suporte para a retomada da demanda, disse a consultoria.
Dessa forma, a produção de açúcar do centro-sul em 2023/24 foi prevista em 36,0 milhões de toneladas, alta de 4,9% versus o ciclo anterior.
Já a produção de etanol de cana em 2023/24 foi prevista em 26,0 bilhões de litros, aumento de 4,1% na mesma comparação.
Temporada 2022/23
Para a safra 2022/23 do centro-sul, que se encaminha para o fim e já está em entressafra, a moagem de cana foi estimada em 557,5 milhões de toneladas, estável ante a previsão anterior.
A previsão para a produção de açúcar da região foi elevada para 34,3 milhões de toneladas, devido a um aumento do mix açucareiro, enquanto a produção de etanol deverá alcançar 25 bilhões de litros.
Fonte: Reuters
Extraído de Money Times