A moagem de cana-de-açúcar da Tailândia na safra 2020/21 fechou com o pior resultado em 10 anos, totalizando 66,7 milhões de toneladas, uma queda considerável de 64,3 milhões de t sobre 2018/19, segundo divulgação da trading inglesa Czarnikow. Apesar disso, as previsões para a temporada 2021/22 apontam recuperação.
"Um esmagamento tão fraco ocorre quando muitos agricultores passaram a plantar mandioca na última temporada, em busca de maior retorno e proteção contra a seca", destacou a trading em nota.
Com a safra de cana em mínima histórica, a produção de açúcar caiu para 7,6 milhões de toneladas em 2020/21, sobre 7 milhões de t em 2018/19. Apesar de a última safra de cana da Tailândia ter sido ruim, os níveis de sacarose atingiram níveis recordes.
"A produtividade foi ajudada pelo clima quente e úmido observado entre o final de outubro e o início de dezembro, que ofereceu à cana a chance de aumentar seus níveis de sacarose", destacou a trading.
As novas regras do governo tailandês sobre a queima da cana também ajudaram a produção de sacarose a atingir níveis recordes.
"Como as usinas agora só podem aceitar 20% da cana queimada a cada ano, elas receberam cana em um ritmo mais lento, já que a colheita da cana fresca é logisticamente desafiadora na Tailândia, devido à ampla escassez de maquinários e mão de obra, que só foi exacerbada pela Covid-19", pontua a Czarnikow.
A trading estima que a safra de cana da Tailândia em 2021/22 volte a subir e atinja 100 milhões de t, alta de 33,4 milhões de t ante o ciclo anterior por conta de chuvas recentes no país, além de preços em alta. A produção de açúcar pode chegar a 11 milhões de t, tendo um salto de 3,4 milhões de t no comparativo anual.
Fonte: Notícias Agrícolas