A queda da Selic para 11,75% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e o recuo da curva de juros futuros forçaram para baixo as taxas dos investimentos da renda fixa — como os CDBs (Certificados de Depósito Bancário).
A taxa máxima oferecida por um CDB pós-fixado foi de 120% do CDI entre os dias 20 de dezembro e 2 de janeiro — abaixo dos 130% do CDI vistos entre 22 de novembro e 5 de dezembro, mostra levantamento da Quantum Finance para o InfoMoney.
O título com maior retorno era emitido pelo Banco Master, com vencimento em seis meses. Todos os retornos apontados no estudo são brutos, ou seja, não consideram o Imposto de Renda.
Apesar do recuo das taxas máximas, os retornos médios dos CDBs atrelados ao CDI em diferentes prazos tiveram alta no período.
Papéis com vencimento em seis meses, por exemplo, tiveram os maiores incrementos, com a rentabilidade média chegando a 103,02% do CDI agora, contra 100,26% do CDI no levantamento anterior.
O cálculo das taxas médias tem como base o percentual oferecido pelos papéis dividido pelo número de títulos emitidos no período.
CDBs prefixados
Os juros médios oferecidos por CDBs prefixados, por outro lado, registraram recuo na última quinzena. A queda mais expressiva ocorreu com os títulos que vencem em 24 meses: o retorno médio saiu de 11,74% no levantamento anterior para 10,60% agora.
Houve recuo também na maior parte das taxas máximas dos CDBs prefixados. O caso mais significativo foi do títulos com vencimento a partir de 36 meses, em que o juro mais elevado passou de 13,15% para 12,63% no levantamento atual. O papel que oferecia esse último retorno era emitido pela Sinosserra Financeira.
CDBs atrelados à inflação
Títulos com retorno indexado à inflação, por outro lado, apresentaram avanço nas rentabilidades reais máximas na última quinzena.
O destaque ficou com os papéis com prazo a partir de 36 meses, em que o juro real máximo chegou a 6,50% na pesquisa de agora, contra 6,30% no estudo feito entre novembro e dezembro.
Por outro lado, houve movimento misto nas taxas médias dos CDBs de inflação. Papéis com vencimento em 24 meses viram o percentual cair, enquanto títulos com prazo a partir de 36 meses registraram aumento nos retornos médios.
Fonte: InfoMoney