Tesouro Direto: IPCA-15 derruba juros e taxa do Prefixado 2026 vai à mínima em 15 meses

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Tesouro Direto: IPCA-15 derruba juros e taxa do Prefixado 2026 vai à mínima em 15 meses

25/05/2023

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As taxas dos títulos do Tesouro Direto seguem caindo nesta quinta-feira (25), desta vez com o mercado reagindo ao IPCA-15 de maio, que veio abaixo do esperado. O piso dos prefixados chegou a entregar rentabilidade de 10,95% ao ano, a menor desde fevereiro do ano passado.

 

A prévia positiva do IPCA somada à celeridade da tramitação do arcabouço fiscal no Congresso e cenário político sem grandes turbulências incentiva o mercado a se posicionar esperando queda da Selic.

 

Mais cedo, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que o IPCA-15 de maio foi de 0,51%, abaixo do consenso Refinitiv, de alta de 0,64%. O indicador é considerado a prévia da inflação oficial do País.

 

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,07%, abaixo dos 4,16% observados nos 12 meses até abril. Nessa leitura, o consenso dos analistas estava em 4,20%. No ano, a inflação é de 3,12%

 

O mercado continua monitorando a tramitação do arcabouço fiscal, que segue para apreciação do Senado após a rejeição de todos os destaques da Câmara. A tendência é de que o projeto passe pelo menos pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) antes de ser levada a votação em plenário no Senado. A relatoria ficará com o senador Omar Aziz (PSD-AM), um aliado do governo.

 

Outro assunto que segue no radar dos investidores é a negociação sobre o teto da dívida dos Estados Unidos. O país pode dar calote em 1º de junho se o Congresso não aumentar o limite da dívida nacional.

 

No Tesouro Direto, as taxas dos prefixados caíam com as notícias positivas sobre a inflação no Brasil. O título com vencimento em 2026 pagava 11% ao ano na última atualização do dia. Pela manhã, a taxa do papel caiu para 10,95%. Mesmo com a leve recuperação no fim da sessão, o juro Tesouro Prefixado 2026 está no patamar mais baixo desde 3 de fevereiro de 2022, quando a rentabilidade anual era de 10,91% na abertura.

 

O juro do Tesouro Prefixado 2029 caía de 11,57% na véspera para 11,46% ao ano. Já o prefixado com vencimento em 2033, que paga juros semestrais, entregava rentabilidade de 11,59% ao ano, ante 11,63% na sessão de ontem.

 

Os títulos de inflação também perdiam rentabilidade real, com destaque para os mais curtos. O Tesouro IPCA+ 2029 pagava IPCA + 5,39% depois de pagar 5,46% na véspera. Já o título com vencimento em 2032, com juros semestrais, entregava rentabilidade real de 5,51% contra 5,55% da véspera.

 

IPCA-15 de maio

Com contribuição de 0,20 ponto percentual no resultado do mês, as maiores influências para o IPCA-15 vieram dos grupos Alimentação e Bebidas, com aceleração de 0,04% para 0,94% entre abril e maio, e Saúde e Cuidados Pessoais (1,49%).

 

A alta do grupo Saúde e Cuidados Pessoais não foi surpresa, já que o mercado monitora a autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos a partir de 31 de março. Os produtos farmacêuticos ficaram 2,68% mais caros no período.

 

Arcabouço fiscal no Senado

Após a rejeição de cinco sugestões de modificações ao texto-base relatado pelo deputado Cláudio Cajado (PP-BA), o projeto do novo marco fiscal brasileiro segue para o Senado. O relator na Casa será Omar Aziz (PSD-AM), aliado do governo.

 

Teto da dívida dos EUA

A agência de classificação de risco Fitch colocou o rating AAA dos Estados Unidos em observação negativa, em meio ao persistente impasse sobre o teto da dívida no país. O Departamento do Tesouro americano estima que, se o limite não for elevado ou suspenso antes de junho, poderá ficar sem recursos para honrar obrigações financeiras.

 

Em comunicado, a Fitch diz ainda esperar um acordo antes do prazo estimado para o possível calote. No entanto, a agência vê crescentes riscos de que os EUA sejam obrigados a deixar de fazer pagamentos de alguns compromissos.

 

 

Fonte: InfoMoney

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