As taxas dos títulos do Tesouro Direto operam em alta nesta sexta-feira (13). O destaque da volta do feriado está em novos dados de inflação dos Estados Unidos, que ficaram acima do esperado pelo mercado em setembro.
O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou ontem (12) que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,4% em setembro frente agosto, após alta de 0,6% no mês anterior. Frente setembro de 2022, a alta foi de 3,7%.
O consenso Refinitiv de analistas projetava alta de 0,3% ante agosto e de 3,6% na comparação anual. Os dados causaram preocupação no mercado acerca da possibilidade de aumento dos juros na próxima reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto), em novembro.
Os rendimentos dos Treasuries (títulos do Tesouro americano) chegaram a subir ontem depois da apresentação do CPI, mas recuam nesta sexta-feira, diante da perspectiva de escalada do conflito no Oriente Médio.
Na China, o índice de preços ao consumidor permaneceu estável (0%) em setembro, na comparação anual. Já o índice de inflação ao produtor (PPI) recuou 2,5% na mesma base.
No Tesouro Direto, as taxas dos prefixados avançavam na primeira atualização do dia, às 9h20, na comparação com o início da sessão de quarta-feira (11). O juro do Tesouro Prefixado 2033 subia de 11,56% para 11,71%, enquanto o do prefixado para 2029 saía de 11,23% para 11,40%. A rentabilidade do Tesouro Prefixado 2026 era de 10,73%, ante 10,51% na quarta-feira.
Entre os títulos de inflação, destaque para as taxas dos títulos mais curtos. O Tesouro IPCA+ 2029 entregava rentabilidade real de 5,60% ante 5,49% na última sessão. O juro real do Tesouro IPCA+ 2032 subia de 5,53% para 5,63%. A taxa do papel mais longo, que vence em 2055, avançava de 5,80% para 5,86%.
Produção industrial da zona do euro sobe 0,6% em agosto ante julho
A produção industrial da zona do euro aumentou 0,6% em agosto ante julho, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta sexta-feira, 13, pela agência oficial de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O resultado ficou um pouco acima da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 0,5% da produção no período.
Em relação a igual mês do ano passado, a produção industrial do bloco sofreu contração de 5,1% em agosto. Neste caso, o consenso da FactSet era de recuo bem menor, de 0,2%.
Fonte: InfoMoney