Dados de inflação melhores que o esperado animam o mercado nesta quarta-feira (11). A véspera de feriado tem taxas de títulos públicos em queda, mesma direção do mercado norte-americano de renda fixa.
Mais cedo, o IBGE mostrou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do País, teve variação positiva de 0,26% em setembro, após subir 0,23% em agosto. O resultado ficou abaixo do esperado pelo consenso Refinitiv de analistas, que previa inflação de 0,34% no mês.
Na comparação anual, a alta foi de 5,19%. A projeção para essa leitura era de inflação de 5,27%. O subitem com a maior contribuição individual para o resultado (0,14 ponto percentual) foi a gasolina, que subiu 2,80% no mês.
Nos Estados Unidos, o dado de inflação do dia veio acima do esperado. O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos subiu 0,5% em setembro ante agosto, de acordo com dados dessazonalizados divulgados hoje pelo Departamento do Trabalho. Na base anual, a alta foi 2,2%. O consenso Refinitiv projetava alta de 0,3% em setembro na base mensal e de 1,6% frente setembro de 2022.
A diretora do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) Michelle Bowman disse nesta quarta que a autoridade monetária poderá voltar a elevar as taxas de juros e mantê-las em níveis restritivos “por algum tempo” para que a inflação americana retorne à meta oficial.
No Tesouro Direto, as taxas apresentavam forte recuo na primeira atualização do dia, às 9h31. O juro real do Tesouro IPCA+ 2029 recuava de 5,55% no início da sessão de ontem para 5,49% hoje. Já a taxa do título para 2045 saía de 5,92% para 5,85%, enquanto a do Tesouro IPCA+ 2055 caía de 5,87% para 5,80%.
Nos prefixados, a rentabilidade máxima era oferecida pelo papel com vencimento em 2033, que pagava 11,56% ao ano ante 11,71% ontem. A taxa do Tesouro Prefixado 2029 recuava de 11,40% para 11,23%, enquanto a do Tesouro Prefixado 2026 caía de 10,67% para 10,51%.
Apresentação de relatório da reforma tributária é adiada novamente
Em novo adiamento, o relator da reforma tributária, senador Eduardo Braga (MDB-AM), transferiu para o dia 24 de outubro a apresentação do relatório final da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O novo cronograma prevê agora a votação da reforma entre os dias 7, 8 e 9 de novembro no plenário do Senado.
Braga enfrenta, de um lado, dificuldades para acomodar as pressões de senadores que defendem setores e atividades em busca de benefícios com tributação reduzida.
De outro lado, há um grupo de senadores que prefere discutir mais a proposta e deixar a votação para o ano que vem. Entre eles, o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Vanderlan Cardoso (PSD-GO).
Fonte: InfoMoney