Tesouro Direto: taxas devolvem alta e piso dos prefixados cai para 11,31%; arcabouço e CMN no radar

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Tesouro Direto: taxas devolvem alta e piso dos prefixados cai para 11,31%; arcabouço e CMN no radar

18/05/2023

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A quinta-feira (18) começou com correções nas taxas dos títulos do Tesouro Direto, após alta generalizada na véspera. A sessão de hoje é marcada por reações à aprovação da urgência para a apreciação do novo marco fiscal na Câmara dos Deputados e expectativa pela reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).

 

Ontem, a Câmara aprovou urgência para apreciação do novo arcabouço fiscal por 367 votos a 102. Com isso, o texto não será analisado em comissões e pode ser votado no plenário já na semana que vem, o que agrada investidores.

 

Outro assunto importante é a reunião do CMN com a presença de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central. Os diretores de regulação e relacionamento da autarquia, Otavio Damaso e Maurício Moura, também participam do encontro. Há expectativa em parte do mercado de que a revisão da meta de inflação seja discutida, mesmo que para anunciar que não haverá mudança.

 

Porém, analistas ouvidos pelo InfoMoney não acreditam em novidades sobre o tema já nessa reunião. Alexandre Yamamoto, analista de renda fixa da Levante Investimentos, diz que o assunto “geraria muito ruído com o arcabouço fiscal tramitando”.

 

Para Fabrício Gonçalvez CEO da Box Asset Management, “é provável que os integrantes do CMN aguardem sinalizações do Comitê de Política Monetária do BC especialmente considerando que a aprovação da nova regra fiscal está ganhando força”.

 

Lá fora, destaque para as negociações sobre o aumento do teto da dívida norte-americana. Há otimismo do mercado depois que o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, disse não acreditar que os EUA deem calote na dívida. O presidente Joe Biden também afirmou, nesta quarta-feira (17), estar confiante de que os legisladores se uniriam para chegar a um acordo e evitar um calote.

 

No Tesouro Direto, o dia é de recuo nas taxas. Nos títulos atrelados à inflação, destaque para Tesouro IPCA+ 2035, que entregava rentabilidade real de 5,59% ao ano ante 5,67% na tarde da véspera. A taxa do Tesouro IPCA+ 2029 caía de 5,46% para 5,40% ao ano.

 

Nos prefixados, o título com vencimento em 2026 pagava 11,31% ao ano contra 11,37% de ontem. O papel mais longo, com vencimento em 2033, tinha rentabilidade anual de 11,74% após entregar 11,82% ao ano na véspera.

 

Urgência do marco fiscal aprovada

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou requerimento de urgência para apreciação do projeto de lei complementar que trata do novo arcabouço fiscal (PLP 93/2023). Com isso, o texto “pula” etapas de tramitação nas comissões temáticas e poderá ser votado diretamente em plenário na próxima semana.

 

Foram 367 votos favoráveis e 102 contrários ao requerimento protocolado pelo deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na casa legislativa.

 

O resultado é uma vitória do governo após uma série de tropeços no plenário da casa legislativa, mas não indica uma reabilitação completa do Palácio do Planalto frente aos problemas de articulação enfrentados nos primeiros meses do terceiro mandato do presidente Lula.

 

Reunião do CMN

A reunião do Conselho Monetário Nacional acontece às 15h desta quinta-feira (18). Analistas ouvidos pelo InfoMoney não acreditam que o encontro vai gerar novidades sobre revisão na meta de inflação.

 

Rodrigo Romero, economista da Levante Investimentos, diz que “isso deve ficar para junho” e “muito dificilmente o CMN se antecipa ao comunicado do Comitê de Política Monetária do Banco Central na próxima reunião”.

 

Teto da dívida dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e os líderes do Congresso americano parecem se aproximar de um acordo para aumentar o teto da dívida dos EUA e evitar um default.

 

Atualmente, o governo norte-americano não pode ultrapassar US$ 31,3 trilhões em emissões de dívida por ano, teto que já foi alcançado em janeiro. A impossibilidade de emitir dívida tem dificultado o governo de Joe Biden.

 

 

Fonte: InfoMoney

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