As taxas dos títulos públicos operam em queda na manhã desta quarta-feira (25). Nos prefixados, as taxas recuam até 12 pontos-base, enquanto nos títulos atrelados à inflação a baixa é de até 9 pontos-base.
Segundo Igor Cavaca, gestor da Warren Asset Management, a queda nas taxas é um movimento de continuidade ao visto na sessão de ontem após publicação do IPCA-15 (prévia da inflação), que veio acima do esperado. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,55% em janeiro, enquanto a estimativa dos analistas apontava para inflação de 0,52%.
O movimento foi um pouco contraditório, considerando que o natural seria uma abertura nas taxas após o avanço da inflação, mas Cavaca explica que isso ocorre porque o mercado está focando no comportamento futuro de políticas governamentais e na pressão da política monetária dos Estados Unidos, que amenizaram os impactos nos juros brasileiros. “Os efeitos nas expectativas foram maiores do que os impactos diretos das variáveis econômicas”, avalia.
Para outros agentes de mercado a percepção foi de que a prévia da inflação não trouxe grandes surpresas negativas, apesar da alta do IPCA-15.
Nas taxas reais também houve queda dos prêmios de risco. “O aumento do preço da gasolina pela Petrobras também contribuiu positivamente para as expectativas, com o mercado interpretando um governo menos intervencionista nas estatais, com menos políticas de manutenção artificial de preços e políticas fiscais”, afirma Cavaca.
Segundo o gestor, a sessão de hoje ainda deve ter ajustes na precificação dos títulos com possíveis anúncios no âmbito político e a redução dos juros norte-americanos.
Dentro dos títulos públicos, o Tesouro Prefixado 2026 e o Tesouro Prefixado 2029 apresentavam a maior queda nas taxas. Os títulos ofereciam um retorno anual de 12,71% e 13,06%, respectivamente, abaixo dos 12,83% e 13,18% vistos na sessão anterior.
Já o Tesouro Prefixado 2033, com juros semestrais, apresentava uma rentabilidade anual de 13,04%, inferior aos 13,15% registrados na terça-feira (24).
Nos títulos atrelados à inflação, as taxas recuavam entre 7 e 9 pontos-base. A maior baixa era na taxa do Tesouro IPCA+ 2040, que oferecia um ganho real de 6,30% na primeira atualização desta quarta-feira (25), abaixo dos 6,39% vistos ontem.
O maior ganho real registrado nesta sessão era do Tesouro IPCA+ 2045, de 6,41%.
Fonte: InfoMoney