- A primeira quinzena da safra 2021/22 foi marcada pelo ritmo mais lento de produção, de modo que até o dia 16/04 haviam sido processadas 15,63 MMT, queda de 30,57% em relação ao mesmo período da safra anterior (22,5 MMT). Em conjunto com a redução da moagem, observou-se piora no ATR médio, que atingiu 108,73 kg/t, em contraste com o 112,81 kg/t de 2020/21 (-3,62%). Com isso, houve a produção de 624,1 mil toneladas de açúcar (-35,75%) e 730,5 milhões de litros de etanol (-25,92%).
- O longo período de chuvas abaixo da média histórica estimulou as usinas a atrasarem o início da safra em 10 dias, em média, também explicando a piora dos dados comentados acima. Pontua-se que 147 usinas estavam operando nos primeiros quinze dias de abril, enquanto na safra passada este número era de 180. Espera-se que mais 60 usinas iniciem suas atividades até o fim do mês. Destacamos que as expectativas de uma queda do potencial produtivo do CS, conforme o mercado vem precificando, começa a ser confirmada pelos primeiros dados da safra.
- Referente ao etanol, a menor disponibilidade do biocombustível para este ciclo condicionou a retração de 53,75% nas exportações totais de etanol, enquanto as vendas domésticas avançaram 23,11%. A comercialização interna do hidratado foi de 650,50 milhões de litros (+14,67% frente ao ciclo anterior), impulsionada pelo aumento da competitividade do biocombustível e pelo aumento do consumo. Todavia, é importante ressaltar que estes valores são comparados com um período de forte impacto da COVID-19 no Brasil em 2020 e que, quando comparados com a safra 2019/20, apresentam retração de 25,46% no volume comercializado
Fonte: StoneX - UNICA