USDA estima recorde de consumo de etanol pela Argentina em 2022, com 1,1 bi litros

Notícias do Mercado

Notícias do Mercado

USDA estima recorde de consumo de etanol pela Argentina em 2022, com 1,1 bi litros

16/08/2022

Compartilhe:

O consumo interno de etanol na Argentina para 2022 foi estimado em 1,1 bilhão de litros, volume recorde, segundo o escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Buenos Aires.

 

De acordo com a entidade, a revisão levou em consideração o aumento da demanda por gasolina e uma taxa de mistura mais alta (atualmente em 12%, divididos igualmente entre etanol de milho e de cana-de-açúcar).

 

Segundo o escritório do USDA, as principais razões para um maior consumo incluem uma reativação da economia doméstica após dois anos de paralisações relacionadas à pandemia e pelo impulso dos preços dos combustíveis. A produção deve alcançar 1,08 bilhão de litros em 2022, um volume semelhante ao produzido antes da pandemia e 7% maior do que em 2021, segundo as estimativas.

 

O órgão ainda destacou que a economia da Argentina “continua prejudicada por um déficit fiscal crescente, crescimento lento e inflação muito alta”. Nesse cenário, fornecedores de etanol e biodiesel reduziram seu ritmo de vendas devido a custos mais elevados e retornos negativos. “O governo reagiu e aumentou o preço oficial do biodiesel e do etanol de milho e, posteriormente, reajustou o preço do etanol de cana-de-açúcar”, explicou o escritório do USDA.

 

Há vários anos, os produtores de etanol da Argentina pressionam para aumentar a taxa obrigatória de mistura do biocombustível na gasolina de 12% para 15%. Na avaliação do USDA, essa mudança seria “conveniente para toda a cadeia”. “O governo poderia importar menos gasolina, as petroleiras comprariam etanol mais barato e a indústria do etanol operaria a plena capacidade”, avalia a entidade.

 

Biodiesel

A produção argentina de biodiesel em 2022 deve continuar a se recuperar após dois anos muito ruins, avalia o escritório do USDA em Buenos Aires. A baixa dos últimos anos foi causada pela redução da demanda geral de diesel durante a pandemia de covid-19 e pelo fato de a Argentina não anunciar nenhum investimento em uma nova planta de biocombustíveis em 2022.

 

“A última adição foi a expansão da capacidade da maior planta de etanol de milho na província de Córdoba”, pontua o USDA.

 

O consumo sob a atual legislação está previsto em 920 milhões de litros, “mas pode ser maior se o governo estender o requisito temporário de mistura de 5% para ajudar a reduzir a atual escassez de diesel”, observa o escritório do USDA.

 

Já a produção deve ser de 2,1 bilhões de litros, 7% maior do que o registrado no ano passado, mas abaixo do que o país atingia antes da pandemia.

 

Fonte: Agência Estado

MAIS

Notíciais Relacionadas