Expectativa é que uma capacidade de produção diária de 6,87 milhões de litros de etanol seja acrescentada à oferta nacional
Após o boom de novas usinas entre 2005 e 2010, o setor sucroenergético vivenciou uma forte crise financeira e assistiu ao fechamento de diversas unidades. Agora, entretanto, o segmento parece ter iniciado uma nova fase, com produtoras entrando em operação com certa estabilidade, ainda que não em grande quantidade.
Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) consultados em 20 de janeiro, 17 usinas estão em construção no momento. Conforme a ANP, estes empreendimentos serão capazes de acrescentar até 4,47 milhões de litros diários à oferta nacional de etanol hidratado e 2,29 milhões à de anidro, totalizando 6,77 milhões de litros ao dia.
Atualmente, 360 usinas estão autorizadas a produzir o biocombustível, com uma capacidade de 241,79 milhões de litros diários de hidratado e 128,92 milhões de anidro. Levando em conta as 23 unidades em ampliação, os volumes chegam a 248,53 milhões e 129,78 milhões de litros, respectivamente.
Já somando capacidade atual, ampliações e construções em andamento, o potencial brasileiro de produção de etanol pode chegar a 385,08 milhões de litros por dia nos próximos anos, sendo 253,01 milhões de hidratado e 132,07 milhões de anidro. O montante, ao incluir ampliações e construções, ficaria 3,86% acima do autorizado atualmente.
As informações se referem ao mais recente levantamento do novaCana sobre as usinas que estão em construção. A reportagem consultou processos de autorização de produção de etanol em andamento na ANP, contudo, nem todos os documentos puderam ser acessados. De todo modo, com as informações disponíveis, é possível ter uma noção de em que pé estão os novos empreendimentos.
Das 17 unidades em construção, seis são processadoras de cana-de-açúcar, oito de milho, uma de soja, uma de cereais e uma utiliza tanto cana quanto milho.
Fonte: Nova Cana